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Banda Yeasayer aposta em pop étnico
Grupo do Brooklyn deixa experimentalismo das músicas de estúdio de lado para tocar hoje no Planeta Terra
Guitarras de inspiração africana chamaram a atenção para norte-americanos em festival nos EUA em 2007
CAROL NOGUEIRA
DE SÃO PAULO
Guitarras com inspiração
africana, vocais reverberados e bases feitas com sintetizadores. Assim é o Yeasayer-pronuncia-se "ieiseier"-, grande aposta do
festival Planeta Terra 2010.
A banda se apresenta hoje
às 20h no palco Gillete Hands
Up o/ Indie Stage. Os ingressos já estão esgotados.
"Faz tempo que queremos
tocar no Brasil", disse à Folha o tecladista Anand Wilder. A namorada de seu colega de banda, Chris Keating, é
filha de um brasileiro.
Um dos engenheiros de
som da banda também trabalha com o grupo Bat for
Lashes, que esteve aqui no
ano passado para abrir
shows do Coldplay.
Além dos dois, o Yeasayer
conta ainda com os membros Ira Wolf Tuton, Jason
Trammell e Ahmed Gallab.
Formada há quatro anos,
a banda atraiu atenção da
crítica após o festival SXSW
de 2007, que acontece nos
EUA e revela novos talentos.
No mesmo ano, lançaram
o elogiado álbum "All Hour
Cymbals", que tinha o hit
"2080". Mas foi em 2010,
com o disco "Odd Blood",
que os músicos conquistaram uma legião de fãs.
"Eu morava na França e
resolvi fazer uma viagem para o Marrocos e para a Índia.
Quando voltei, foi natural fazer música com inspiração
étnica", explica Wilder.
Nessa mesma época, alguns grupos também do
Brooklyn já faziam música
experimental com inspiração em melodias africanas,
como o Vampire Weekend.
Nesse cenário, o Yeasayer
se destacou por fazer músicas originais. Assim nasceram as aceleradas "Ambling
Alp" e "O.N.E.".
Nos últimos dois anos, o
Yeasayer se apresentou em
quase todos os grandes festivais de música, como Coachella, Reading e Leeds.
A banda também passou
por programas de televisão
como "Late Night" com
Jimmy Fallon e Conan
O'Brien, de grande sucesso
nos Estados Unidos.
Se por um lado a banda
gosta de experimentar em
seus discos, ao vivo Wilder
garante que é outra coisa.
"O experimentalismo não
funciona tão bem ao vivo
com a gente, deixamos isso
para o estúdio."
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