São Paulo, segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

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Autor das passagens

Artista de obras espetaculares, dinamarquês Olafur Eliasson vai expor em SP em 2011 no Videobrasil reformulado

Mario Tama - 26.jun.08/Getty Images
Olafur Eliasson em frente a instalação em Nova York

FABIO CYPRIANO
DE SÃO PAULO

O dinamarquês Olafur Eliasson já realizou algumas das obras que marcam, definitivamente, a história da arte no início século 21.
Foi ele quem criou o pôr do sol dentro da Tate Modern, em 2003 e 2004, levando 2 milhões de pessoas ao museu inglês, além de ter projetado quatro imensas cachoeiras às margens de Nova York, em 2008, uma embaixo da ponte do Brooklyn, que custou nada menos que R$ 24 milhões, o custo total da última Bienal de São Paulo.
Em setembro do próximo ano, será a vez de São Paulo sediar as espetaculares obras de Eliasson, o artista central da nova versão do Festival Videobrasil, que a partir de 2011 deixa de se dedicar a uma linguagem específica para se ocupar da arte contemporânea em geral.
No começo deste mês, Eliasson, acompanhado do curador da mostra, Jochen Volz, passou quatro dias por São Paulo para visitar as instalações do Sesc Pompeia e do Sesc Belenzinho, que vão sediar o novo Videobrasil, a Pinacoteca do Estado, que mantém conversas para acolher obras do artista, além de ir a bares e restaurantes "não turísticos", como ele fez questão de ressaltar.
"Em lugares assim eu sinto melhor a cidade e gostaria de ter passado mais tempo, porque isso também teria sido melhor para meu trabalho. Mas esse é o tipo de pesquisa que faço para minhas exposições: saber como é sentir os espaços, não só como eles se parecem", disse Eliasson à Folha, por telefone, de sua casa em Copenhague, num dia de forte nevasca na cidade nórdica.
Arquitetos assistentes do artista já tinham visitado os possíveis locais da exposição, mas a passagem por São Paulo, que Eliasson conhece desde 1998, quando participou da 24ª Bienal, mudou os rumos da mostra.
"Eu quero que os trabalhos fiquem muito bem colocados no espaço, e o Sesc Pompeia de Lina Bo Bardi é tão especial e generoso, que realmente quero que meu trabalho possa estar numa correspondência clara a essa brilhante arquitetura", afirma Eliasson.


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