São Paulo, sexta-feira, 21 de janeiro de 2005

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MODA

Após mostrar peças em papel, estilista continua refletindo processo criativo

Jum Nakao troca desfile por lançamento de livro-DVD

FERNANDA MENA
DA REPORTAGEM LOCAL

O que determina o valor de uma idéia? Foi essa a pergunta que inspirou Jum Nakao a quebrar o protocolo mais uma vez ontem na 18ª São Paulo Fashion Week.
Na última temporada, Nakao chocou e comoveu o público do evento ao apresentar peças finamente trabalhadas em papel vegetal que foram rasgadas pelas próprias modelos ao final do desfile, destruindo o principal objeto de desejo fashion. Desta vez, o estilista optou por trocar as luzes e o glamour de um desfile pelo lançamento do livro-DVD "A Costura do Invisível" (editora Senac, R$ 100) no porão da Bienal.
"Aquela destruição foi apenas o começo de uma discussão de limites e de um processo de reflexão sobre o processo criativo. Estou num processo mais qualitativo do que quantitativo", explica.
"A Costura do Invisível" -o livro e o documentário dirigido por Kiko Araújo- nasceu 25 dias antes do desfile de Nakao em junho de 2004. "Jum estava em crise com o mercado da moda. Tinha dificuldades em conciliar criação e venda, uma temporada após outra", conta Araújo. Daí surgiu a idéia de desvirtuar os materiais comuns das passarelas e criar uma coleção que tivesse no conceito e nas formas -e não nos cifrões acumulados nas lojas- seu sentido maior.
Com o livro e o documentário, Nakao desfia a saga corajosa de desfile de roupas de papel que desafiou os códigos das passarelas e arrancou críticas e lágrimas de fashionistas e jornalistas.


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