São Paulo, segunda-feira, 21 de janeiro de 2008 |
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Mônica Bergamo @ - bergamo@folhasp.com.br
Coletes azuis A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) vai distribuir 260 servidores do órgão em dez aeroportos, de norte a sul do país, para executar a Operação Carnaval, de 31 de janeiro a 10 de fevereiro. De coletes azuis, tentarão agilizar o embarque. Poderão, por exemplo, remanejar passageiros entre as companhias em caso de cancelamento ou atraso de vôos -algo semelhante ao que aconteceu entre o Natal e o Ano Novo, quando a agência convocou 150 funcionários para o trabalho. Em tempos de calma, a Anac mantém no máximo cinco fiscais por aeroporto. ORIGINAL COM FOTO Pesquisa da Anac revelou que a identificação do passageiro é o fator que mais atrasa o check in. Deve-se apresentar documento original -não vale nem cópia autenticada. Não precisa ser RG. Basta ter foto, como as carteiras de motorista ou de trabalho. Criança menor de 12 anos, mesmo em companhia dos pais, precisa mostrar certidão de nascimento ou RG para comprovar filiação. O PESO DA ARTE Foi necessário um guindaste para levar os painéis de bronze do ateliê de Maria Bonomi que passaram a decorar a passarela entre o Memorial da América Latina e a Estação Barra Funda. O trabalho é composto por 25 obras. Somente uma delas pesa 700 kg. SARNEY NOEL Jorge Chammas, do Moinho São Jorge, enviou, de presente de Natal para cerca de 50 amigos, caixas com três livros do ex-presidente José Sarney: "Saraminda", "O Dono do Mar" e "A Duquesa Vale uma Missa". Ele diz que a idéia foi de seu departamento de marketing, que mandou outros 150 kits para escolas e bibliotecas. PORTA-CAMISINHA O Fórum das ONG-Aids do Estado de São Paulo vai aproveitar o Carnaval para angariar fundos. Venderá, por R$ 5 a unidade, pequenos estojos como "porta-camisinhas". TUBOS E CONEXÕES A Câmara vai reformar os banheiros dos apartamentos funcionais dos deputados, em Brasília. Serão trocados descargas, tubos e conexões, de ferro por PVC. Os canos, instalados nos anos 60, nunca foram substituídos. Custo total: R$ 373 mil. ORIENTE MÉDIO Fora da SP Fashion Week porque considera o calendário das coleções "muito apertado", o estilista Carlos Tufvesson negociou a exportação de sua grife: recebeu compradores do Oriente Médio que pedem exclusividade para vender a marca lá. O contrato será fechado em Paris, durante a Première Vision, em fevereiro. PONTINHA A top Gianne Albertoni participará do primeiro capítulo da próxima novela das sete, "Beleza Pura". Pilotará um helicóptero e seduzirá o protagonista, vivido por Edson Celulari. HAY QUE ENDURECER O público gay cult, que já adotou como diva Maria Bethânia, encontrou uma nova musa: a brasileira de ascendência cubana Marina de la Riva. No YouTube, já há vídeos de rapazes vestidos como ela, fazendo performances de suas músicas. Marina diz que assistiu e até elogiou os covers. "Mais dionisíaco, impossível"
"Não sei o que vamos encontrar", diz o artista plástico argentino Sergio Vega, 48, na estação São Bento do metrô de
SP. Na quinta-feira, ele foi à rua
25 de Março fazer compras para a instalação "Tropicalounge", uma das obras da exposição coletiva "Brasil: desFocos",
que estréia hoje no Paço das Artes. Vega queria comprar "objetos que remetam a um conceito
de modernismo tropical". Na rua Barão de Duprat, pega um coco jogado no chão, ainda com canudo e água. "A forma como foi cortado criou um conceito arquitetônico: é uma intervenção geométrica". Joga a água fora e leva o coco para casa -ou melhor, para a exposição. "Favor Não Comer Abacaxi, Melancia e Outros na Loja." É o aviso em frente à "Luciana Store", de frutas artificiais. "Muito paradisíaca. Feita na China", diz, ao pegar um dos itens. Enche uma cesta com uma laranja do tamanho de uma bola de basquete ("mais dionisíaco que isso, não tem", diz), uvas, um pêssego, uma maçã e uma abóbora. Conta: R$ 75,80. Na saída, compra uma fatia de abacaxi a R$ 1 e pede para o vendedor embrulhar o talo. "É para plantar?". "É, sim", mente Vega. "Ele é sabido, sabe enrolar. Mas também sou treinado nisso", diz o camelô. No lixo, Vega acha outra coroa de abacaxi. "Já fiz um trabalho com isso, ligando essa forma à catedral de Brasília." E acrescenta a "representação" da obra de Niemeyer à sacola de compras. JOHNNY E OS PIRATAS "Uma performance sensacional"
Começaram a circular os primeiros DVDs piratas de "Meu
Nome Não É Johnny", que estreou nos cinemas em 4 de janeiro. Foram localizados pela
produção do filme na semana
passada, na rua Uruguaiana,
centro de comércio popular do
Rio. "É a terceira semana de
exibição, foi uma performance
sensacional", diz a roteirista e
produtora Mariza Leão. Para impedir a pirataria antes da estréia, as cópias do filme em DVD, como as enviadas a críticos de cinema, receberam uma marca d'água com o nome do destinatário. Quem vazasse o conteúdo teria a prova do crime exibida na tela. As cópias dos cinemas tinham uma série numérica, "invisível para quem assiste, mas captada por câmera que filma da platéia". "As piratas foram feitas em cinema. São de péssima qualidade." Localizada a cópia pirata, a produção destacou Paula Fiuza, prima de João Guilherme Estrela [ex-traficante cuja trajetória é retratada no filme], para comprá-la. O camelô queria vender dois DVDs por R$ 25. "Tá muito caro", disse ela. "É lançamento, dona." "Mas eu vou levar pro João Guilherme Estrela." "Então, faço os dois por R$ 15!", disse o vendedor. Foram visitas quase diárias à rua Uruguaiana em busca do primeiro pirata. Na pesquisa, um camelô sugeriu: "Deviam mudar o nome desse filme, porque Johnny, aqui, é gíria pra boiola". Já em SP, até a última quinta-feira, ainda não havia piratas de "Johnny" disponíveis na rua 25 de Março, centro do comércio popular da capital. Em compensação, ofereciam "Eu Sou a Lenda", com Will Smith, que estreou na sexta.
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