São Paulo, terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

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STONES NO BRASIL

Com forte esquema de segurança, vocalista vai ao Sambódromo e boates; em SP, visita o colégio do filho Lucas

Mick Jagger tenta, em vão, badalar na noite carioca

RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL


O vocalista dos Rolling Stones, Mick Jagger, disse a amigos que o show de sábado, na praia de Copacabana, no Rio, foi único em sua carreira. "Adorei a vibração do público. Foi diferente de qualquer outro show em minha vida. Esse show eu faria até de graça", afirmou, segundo o empresário Oskar Metsavaht, dono da grife Osklen, que lhe agradeceu pelo "presente" dos Stones ao Rio.
Metsavaht acompanhou o cantor no jantar de domingo e na tentativa de noitada carioca na madrugada de ontem. O dia do cantor, antes da viagem para a Argentina, foi completado em São Paulo, onde Jagger visitou a escola onde estuda seu filho Lucas.
Jagger explicou ao empresário Metsavaht, segundo quem o cantor é um "homem que curte a vida em família", o segredo de, aos 62 anos, ter energia para badalar um dia após o megashow, com festa depois. "O negócio é ter filhos nos meus vários relacionamentos. Os filhos nos rejuvenescem", ouviu o empresário. Jagger tem sete filhos de quatro mulheres diferentes (a advogada pacifista Bianca Jagger, a modelo Jerry Hall, a atriz e modelo Marsha Hunt e a modelo brasileira Luciana Gimenez).
A noite do cantor começou pouco após a meia-noite, no rescaldo do ensaio técnico das escolas de samba, no Sambódromo, passou pela boate 00, na Gávea, e terminou com um Jagger irritado por flashes, na porta de uma casa noturna em Ipanema.
Protegido por 18 seguranças particulares -policiais civis, militares e bombeiros-, Jagger usou uma operação com cinco carros de luxo para despistar a imprensa ao deixar o Copacabana Palace, onde estava hospedado, e fazer a incursão pela noite de domingo do Rio.
Noitada
Após muita correria, chegou à Marquês de Sapucaí, onde restava pouco de Carnaval. A chegada do grupo chamou a atenção, e Jagger saiu do carro. Foi aplaudido. Caminhou, acenou para as pessoas e voltou para o carro, tudo em pouco mais de dois minutos.
Partiu então para a 00, boate que no domingo tinha festa GLS. Chegou à 1h. Os seguranças fizeram um cerco na entrada, para tentar evitar a entrada de jornalistas. Lá, entre amigos estrangeiros e brasileiros, ficou mais tempo, 35 minutos. Rodeado à mesa por 14 pessoas, metade jovens brasileiras e francesas, tomou apenas água e travou rápidas conversas, às vezes quase embarreiradas pelos cinco seguranças que cercavam a mesa. Sorria bastante. O consumo da mesa foi água, mojito e cerveja.
Dali a pouco, Jagger se levanta abruptamente. Instantaneamente, todos ficaram de pé e saíram atrás do músico. Nova corrida rumo a Ipanema, a cerca de 3 km dali. O grupo parou na boate Baronetti. Ele entrou, achou cheio demais e saiu, entre gritos de "maravilha!" de uma fã e empurrões dos próprios seguranças. Jagger aparentou estar assustado e bastante irritado. "Presta atenção!", gritou duas vezes aos seguranças. Chegou ao hotel à 1h45.
Ontem, o cantor deixou o Rio pouco antes das 13h. Saiu do hotel em uma Mercedes preta direto para o aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, onde embarcou em um jato particular. O destino foi a capital paulista. O vocalista dos Stones desembarcou na cidade para visitar seu filho Lucas na escola. Acompanhado pela mãe do garoto, a modelo Luciana Gimenez, Jagger foi ao colégio britânico St. Paul's, por volta das 16h. O músico seguiu para o heliponto de um hotel nas proximidades, onde embarcou para o aeroporto.


Colaborou Talita Figueiredo, da Sucursal do Rio

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