São Paulo, quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

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Daniel Boaventura vira galã dos espetáculos paulistanos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Tarcísio Meira dos musicais de São Paulo se chama Daniel Boaventura, ator e cantor baiano de 36 anos, tipo conquistador de voz grave e aveludada que hoje, na televisão, interpreta o diretor da escola na novela "Malhação" (Globo).
Boaventura já fez parte do elenco de vários musicais, entre eles "Company", "Vitor ou Vitória", "A Bela e a Fera" e "Chicago". Em "My Fair Lady", assume o papel do arrogante professor Higgins, que faz de tudo para mudar a vida de Elisa Doolittle, a protagonista da história, vivida pela atriz e cantora Amanda Acosta. Juntos, eles ensaiam cerca de nove horas por dia.
Músico de formação erudita com leve queda para o lado do jazz, toca sax tenor, flauta barroca e trombone de vara. Teve um início de carreira acidental, tocando sax em uma banda de reggae de Salvador, Os Canibais do Apocalipse.
Depois, Boaventura mudou para um estilo "mais sofisticado" e passou a tocar MPB na banda "Horas Vagas".
O apuro vocal e o carisma que cria no palco o transformam no preferido dos diretores do gênero musical. Tem na ponta da língua o estilo "belting", técnica desenvolvida pelos americanos especificamente para musicais, em que a voz cantada tem que funcionar como uma extensão do mesmo tom usado para interpretar texto.

Detalhista
O ator se diz detalhista em todo tipo de tarefa, não só no trabalho. Gosta de arrumar roupas, CDs, enfeites da estante e outros objetos pessoais de forma simétrica. Em seu blog (www.danielboaventura.blogger.br) traça seu próprio perfil com frases do tipo: "Tudo se transforma, o mundo dá voltas, por isso temos que ser flexíveis".
Diz que se emociona facilmente e cita como exemplo um improviso de Solange Badim no musical "Company", em noite de encerramento, que o fez chorar em cena.
"Improvisar em musical é muito difícil, porque o tempo é muito calculado. Mas quando acontece é incrível", diz.


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