São Paulo, quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

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Crítica

"Cidadão Kane" inspira dúvidas sobre autoria

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Desde que Pauline Kael levantou a lebre, as viúvas de Herman Mankiewicz -o roteirista de "Cidadão Kane" (TCM, 22h)- não param de aparecer.
Reivindicam para Herman a maior parte dos méritos do filme. O restante deixam para Greg Toland, o fotógrafo.
A rigor, nessa interpretação das coisas, Orson Welles não fez grande coisa. Ter liberdade total sobre sua criação numa Hollywood onde ninguém conseguia isso, ter direito à montagem final do filme e à escolha do elenco parecem méritos apenas acessórios ao roteiro.
O tipo de enquadramento, absolutamente original, o uso da profundidade de campo, dos espelhos, do plano-seqüência. Nada disso parece importar muito.
No entanto, se vemos "A Condessa Descalça", que é um belo filme também escrito por Herman e muito bem dirigido por seu irmão Joseph L., os mesmos procedimentos de roteiro estão lá. Mas "Kane" não está. Algum motivo há de haver.


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