São Paulo, segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

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O MARKETING FICARÁ AINDA MAIS FORTE

RONALDO NAZÁRIO DE LIMA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Se existe alguma coisa muito complicada para prever com 90 anos de antecedência, este algo é o esporte.
Tantas sãos as possibilidades envoltas em uma disputa esportiva que as casas de apostas fazem fortunas graças ao imprevisível que ronda esse setor de atividade.
Acertar o resultado de uma partida, de um torneio ou até mesmo de um páreo de turfe pode deixar uma pessoa rica em poucos dias. Imagine então o que ganharia alguém capaz de prever o futuro do esporte daqui a 90 anos.
Entretanto certas tendências parecem ter raízes fortes para durar, como o marketing e a exploração da imagem do atleta.
É impossível pensar no esporte daqui a 90 anos sem imaginar os grandes atletas associados cada vez mais às grandes marcas e a importantes causas sociais.
O mundo dos negócios descobriu nos últimos anos o poder de convencimento do esporte perante a sociedade.
E, principalmente, o enorme potencial econômico a ser gerado pelo setor. Poucos ramos de atividade criam heróis e vilões como o esporte.
Os atletas de alguma forma substituem os super-heróis no imaginário das crianças na medida em que elas chegam à idade adulta.
Assim como os personagens infantis são amplamente explorados nesse segmento (quem de nós nunca comprou algo do Homem-Aranha ou da Barbie para seu filho ou filha?), o esporte vai, cada vez mais, estar presente no imaginário de adolescentes, jovens e adultos.
A ciência, que já tem presença marcante, ampliará o domínio sobre parte das decisões esportivas. Quase um século será suficiente para acharmos nossos atuais treinamentos, monitoramentos e prevenções às lesões algo do tempo da pedra.
Em 2101, os atletas terão o DNA mapeado e talvez façam parte do tratamento com célula-tronco.
O fato é que o esporte tem espaço na sociedade há muito tempo. tenho certeza de que continuará formando ídolos, mantendo valores sociais e, principalmente, promovendo a saúde e o bem-estar.

RONALDO foi jogador do Corinthians, artilheiro das Copas do Mundo, com 15 gols, e três vezes o melhor jogador do mundo pela Fifa (em 1996, 1997 e 2002).


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