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COPIÃO
Todo o Glauber Rocha para todo o mundo
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
O projeto é superlativo:
reunir em DVD e vender
no Brasil, na Europa e na Ásia as
obras completas de Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirzsman, Luiz Sérgio
Person, Roberto Santos e um
conjunto de documentários
brasileiros.
Autor da idéia, o presidente da
Riofilme, Arnaldo Carrilho, garante que tem R$ 1,5 milhão para realizá-la. Dona Lúcia Rocha,
mãe de Glauber, exercita entusiasmo prudente: "Acho ótimo,
contanto que seja feito".
É com a família de Glauber
que a negociação dos direitos está mais adiantada. Oceano Vieira, da Versátil Filmes, quer
aproveitar o aniversário de 21
anos de morte do cineasta (daqui a dois meses) para lançar
caixa com os cinco primeiros filmes. Mas o mais provável é que
os títulos saiam um a um e só
depois sejam oferecidos na forma de pacote. No caso de Joaquim Pedro, a tendência é lançar caixa com seis volumes que
tragam, além dos filmes, o material de pesquisa que o cineasta
acumulava para cada um.
Os DVDs terão menus em
português e inglês e legendas em
seis línguas, incluindo o chinês,
por "deformação asiática" de
Carrilho. "Dois bilhões lêem em
chinês", diz o ex-embaixador na
Tailândia. "Se compramos
Bergman e Fellini, por que o
mundo não comprará Glauber?", matuta Vieira.
DINHEIRINHO NO BOLSO 1
Não são os R$ 83 milhões
autorizados pelo Congresso.
Bem longe disso. Mas foi bem-vinda na Agência Nacional de
Cinema a portaria que liberou
R$ 199 mil, para "gastos
imediatos", até o final do ano, e
também garantiu R$ 11
milhões para outras despesas,
desde que previamente
aprovadas.
DINHEIRINHO NO BOLSO 2
"É um marco. Começamos a
administrar recursos
próprios", comemora o
secretário de Gestão Interna da
agência, Érico Alcântara.
HERMANOS 1
Representantes da Câmara
Argentina de Exibidores
Multipantallas e do Instituto
Nacional de Cinema de lá se
reúnem amanhã, no Rio, com
a Associação Brasileira das
Operadores de Multiplex e a
Agência Nacional do Cinema.
Discutem cooperação.
HERMANOS 2
E o Instituto de Cinema
argentino abriu concurso para
13 filmes para televisão. Diz o
edital: "Devem ser ficções
baseadas na crise que atravessa
nosso país". Sim, o número de
filmes é 13.
ESPERANÇA
Luiz Fernando Carvalho ("Lavoura Arcaica") começa a produzir
seu novo longa tão logo terminem as gravações da novela global.
sarantes@folhasp.com.br
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