São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 2002

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COPIÃO

Todo o Glauber Rocha para todo o mundo

SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL

O projeto é superlativo: reunir em DVD e vender no Brasil, na Europa e na Ásia as obras completas de Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirzsman, Luiz Sérgio Person, Roberto Santos e um conjunto de documentários brasileiros.
Autor da idéia, o presidente da Riofilme, Arnaldo Carrilho, garante que tem R$ 1,5 milhão para realizá-la. Dona Lúcia Rocha, mãe de Glauber, exercita entusiasmo prudente: "Acho ótimo, contanto que seja feito".
É com a família de Glauber que a negociação dos direitos está mais adiantada. Oceano Vieira, da Versátil Filmes, quer aproveitar o aniversário de 21 anos de morte do cineasta (daqui a dois meses) para lançar caixa com os cinco primeiros filmes. Mas o mais provável é que os títulos saiam um a um e só depois sejam oferecidos na forma de pacote. No caso de Joaquim Pedro, a tendência é lançar caixa com seis volumes que tragam, além dos filmes, o material de pesquisa que o cineasta acumulava para cada um.
Os DVDs terão menus em português e inglês e legendas em seis línguas, incluindo o chinês, por "deformação asiática" de Carrilho. "Dois bilhões lêem em chinês", diz o ex-embaixador na Tailândia. "Se compramos Bergman e Fellini, por que o mundo não comprará Glauber?", matuta Vieira.

DINHEIRINHO NO BOLSO 1

Não são os R$ 83 milhões autorizados pelo Congresso. Bem longe disso. Mas foi bem-vinda na Agência Nacional de Cinema a portaria que liberou R$ 199 mil, para "gastos imediatos", até o final do ano, e também garantiu R$ 11 milhões para outras despesas, desde que previamente aprovadas.

DINHEIRINHO NO BOLSO 2

"É um marco. Começamos a administrar recursos próprios", comemora o secretário de Gestão Interna da agência, Érico Alcântara.

HERMANOS 1

Representantes da Câmara Argentina de Exibidores Multipantallas e do Instituto Nacional de Cinema de lá se reúnem amanhã, no Rio, com a Associação Brasileira das Operadores de Multiplex e a Agência Nacional do Cinema. Discutem cooperação.

HERMANOS 2

E o Instituto de Cinema argentino abriu concurso para 13 filmes para televisão. Diz o edital: "Devem ser ficções baseadas na crise que atravessa nosso país". Sim, o número de filmes é 13.

ESPERANÇA

Luiz Fernando Carvalho ("Lavoura Arcaica") começa a produzir seu novo longa tão logo terminem as gravações da novela global.

sarantes@folhasp.com.br



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