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TEATRO
Comédia musical de sucesso dos anos 80 volta em nova superprodução
Grupo faz dilúvio audiovisual
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Inspirada na fábula inglesa "After the Deluge", de David Forest, a
comédia musical "Aí Vem o Dilúvio", que ficou em cartaz por dois
anos e meio em São Paulo no início dos anos 80, retorna em nova
montagem.
A peça mergulha no cotidiano
de um vilarejo, sem tempo nem
local determinados. O padre da
aldeia recebe um telefonema de
Deus avisando que lançará um segundo dilúvio sobre a Terra. Muitas confusões transcorrem não
apenas devido à catástrofe anunciada, mas também por causa do
amor "proibido" entre o padre e a
filha do prefeito, da chegada de
uma prostituta ao lugarejo e de
outras histórias paralelas. Como
em toda fábula, há uma moral.
"Mas é uma mensagem "light", fácil de perceber. A intenção mesmo é ser um espetáculo fantasia,
totalmente audiovisual", explica o
diretor Sebastião Apolônio.
É explícito que o som e a imagem são o forte do espetáculo: das
2h30 de peça, 1h20 é de música. As
canções, as mesmas da primeira
montagem, ganharam novos arranjos. A coreografia, no entanto,
foi reformulada. Os 28 cenários
que compõem a produção foram
importados de Barcelona, Espanha. Uma grande arca de madeira
é construída aos poucos no palco,
no transcorrer do espetáculo, pelo
corpo de baile. Nos bastidores do
teatro, foi adaptada uma oficina
para restaurar os objetos, que têm
quase 30 anos.
A arca é postada sobre um palco
giratório de dez metros de diâmetro. Enquanto um cenário é exibido, ao fundo um novo está sendo
preparado. "É um recurso para
dar mais agilidade à encenação",
explica o diretor. Para o tão
aguardado dilúvio, nada de água
de verdade: uma projeção em 35
mm garante a encenação do temporal.
(MARINA MONZILLO)
Peça: Aí Vem o Dilúvio
Onde: teatro Ópera (r. Rui Barbosa, 266,
tel. 0/xx/11/3171-1277)
Quando: estréia hoje, às 21h30. Qui., às
21h; sex. às 21h30; sáb., às 19h e 22h30; e
dom., às 19h
Quanto: de R$ 25 a R$ 50
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