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CRÍTICA
Banda toca o barco longe de modismo
DA REPORTAGEM LOCAL
Imagine um trio que toca rock
lento, viajante, usando instrumentos de qualidade, a maior
parte "vintage" (peças antigas,
porém muito conservadas), cantando letras agoniadas, que você
não precisa se esforçar para entender porque são em português
mesmo. E, além disso, um palco
bem simples, sem frufrus, apenas
uma iluminação decente.
Têm sido assim ao longo dos
anos os shows do Violeta de Outono. Com o meticuloso Fábio
Golfetti, que, além de tocar (bem)
guitarra, canta e organiza quase
tudo relacionado à banda, o Violeta toca o barco sem ligar muito
para o que está na moda e muito
menos para saber porque nunca
se tornou um sucesso.
Para quem for ao Sesi apenas
por nostalgia ou para a garotada
que nem sabe direito o que é o
"The Dark Side of the Moon", o
clássico do Pink Floyd, a dica é a
mesma: o negócio é ir com o mesmo espírito da banda -despretensioso.
Quem sabe você não ouve uma
versão de "Tomorrow Never
Knows", um megaclássico dos
Beatles, que ganhou do Violeta
uma versão inspirada e completamente "laid back". Ou ainda "Declínio de Maio", um rock tristonho, arrastado, que tem um riff
grudento e lindo de guitarra?
Portanto, hoje à noite, deixe o
Red Bull na geladeira e vá lesar
com o Violeta.
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