São Paulo, terça-feira, 21 de agosto de 2001

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CRÍTICA

Banda toca o barco longe de modismo

DA REPORTAGEM LOCAL

Imagine um trio que toca rock lento, viajante, usando instrumentos de qualidade, a maior parte "vintage" (peças antigas, porém muito conservadas), cantando letras agoniadas, que você não precisa se esforçar para entender porque são em português mesmo. E, além disso, um palco bem simples, sem frufrus, apenas uma iluminação decente.
Têm sido assim ao longo dos anos os shows do Violeta de Outono. Com o meticuloso Fábio Golfetti, que, além de tocar (bem) guitarra, canta e organiza quase tudo relacionado à banda, o Violeta toca o barco sem ligar muito para o que está na moda e muito menos para saber porque nunca se tornou um sucesso.
Para quem for ao Sesi apenas por nostalgia ou para a garotada que nem sabe direito o que é o "The Dark Side of the Moon", o clássico do Pink Floyd, a dica é a mesma: o negócio é ir com o mesmo espírito da banda -despretensioso.
Quem sabe você não ouve uma versão de "Tomorrow Never Knows", um megaclássico dos Beatles, que ganhou do Violeta uma versão inspirada e completamente "laid back". Ou ainda "Declínio de Maio", um rock tristonho, arrastado, que tem um riff grudento e lindo de guitarra?
Portanto, hoje à noite, deixe o Red Bull na geladeira e vá lesar com o Violeta.


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