São Paulo, domingo, 21 de agosto de 2005

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TELEVISÃO

Novela da Globo terá tráfico de mulheres

DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA

Novela sem grandes pretensões sociais (como o merchandising dos deficientes visuais de "América"), "Belíssima" tratará, sim, de um tema polêmico: o tráfico internacional de mulheres.
Na próxima novela das oito da Globo, que estréia em novembro, a atriz Maria Flor será Taís, moça pobre que sonha ser bailarina. Atraída por um anúncio de emprego de dançarina na Grécia, acaba caindo numa armadilha. É obrigada a se prostituir.
"Quero denunciar o tráfico de mulheres. Tenho me baseado em pesquisas, principalmente num excelente documentário que vi em Nova York. É muito aviltante. Depois de enganadas em seus países de origem, principalmente da América Latina, com a promessa de um emprego decente, chegam à Grécia, à Turquia, ao Egito ou a muitos outros lugares do Oriente Médio, têm seus passaportes confiscados pelas quadrilhas e são obrigadas a saldar uma dívida eterna", afirma Sílvio de Abreu, autor de "Belíssima", que será ambientada em São Paulo.
"Além das humilhações e prostituição a que são obrigadas a se submeter, essas mulheres também são vendidas de uma quadrilha para outra como escravas do sexo, um caso muito sério que nunca é comentado por aqui, mas que acontece com garotas do mundo inteiro, inclusive com brasileiras", completa Abreu.
Na Grécia, Taís ficará amiga do boêmio Nikos (Tony Ramos).

OUTRO CANAL

Escala O ator Fábio Assunção fará uma participação especial no primeiro capítulo de "JK", minissérie que a Globo exibirá no início do ano que vem. Interpretará João César, o pai boêmio do presidente Juscelino Kubitschek. Já Werner Schünemann será Bernardo Sayão, um dos diretores da empresa que construiu Brasília, a Novacap.

Virou moda O publicitário Roberto Justus baixou em seu celular a música-tema do "reality show" "O Aprendiz", que apresentou na Record. Sempre que alguém liga para ele, toca "For the Love of Money", do grupo The O’Jays, aquela do bordão "money, money, money!". Vários diretores da Record já o imitaram.

Vedete 1 A Globo gastou pelo menos US$ 200 mil em uma câmera de última geração que está sendo usada nas gravações da microssérie "Hoje É Dia de Maria 2". Apelidada de "a Ferrrari das câmeras", a máquina só tem até agora 17 exemplares no mundo.

Vedete 2 A "Ferrari" tem resolução cinco vezes superior à das câmeras de alta definição comuns. Não usa disco. As imagens são transportadas por fibra ótica para a ilha de edição digital. O resultado é o mesmo de cinema digital. Mesmo na televisão analógica, faz diferença: a imagem fica mais compacta, robusta e passa a impressão de uma profundidade maior, segundo a Globo.


E-mail - daniel.castro@uol.com.br

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