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POLÊMICA
Pinacoteca cede parte de sua área no Ibirapuera e resolve questão
MAC e Bienal acertam
seus espaços no pavilhão
CELSO FIORAVANTE
da Reportagem Local
Terminou o conflito que envolvia a USP, mantenedora do Museu
de Arte Contemporânea (MAC), e
a Fundação Bienal.
A Bienal poderá ficar com o espaço do MAC no terceiro andar do
pavilhão da Bienal não apenas entre outubro e dezembro, quando
acontece a 24ª edição do evento,
como também nas próximas edições. O acordo foi possível porque
a Pinacoteca cedeu parte de sua
área no Ibirapuera ao MAC e isso
viabilizou as mostras já programadas do museu.
"Não há ganhadores ou perdedores nessa disputa", disse Julio
Landmann, presidente da Bienal,
que adiantou à Folha detalhes da
negociação. "O acordo definitivo
ainda vai ser negociado em detalhes, mas existe um protocolo que
garante à Bienal o espaço para o
evento a cada dois anos e ao MAC
todo o espaço climatizado ou mesmo todo o terceiro andar do pavilhão", disse.
O espaço do MAC será ocupado
com obras de Tarsila do Amaral,
Alfredo Volpi, Hélio Oiticica, Cildo Meireles, Beatriz Milhazes e
Nelson Uchoa. "A mostra prevista para o local apresenta várias
coincidências que indicavam para
esse acordo: boa parte das obras
vêm do museu, a sala de Cildo só
havia sido montada em São Paulo
no MAC...", disse Landmann.
O acordo entre as duas partes foi
possível graças à colaboração de
uma terceira instituição de prestígio: a Pinacoteca do Estado.
"Ficarei muito satisfeito se essa
questão for definitivamente resolvida. O MAC tem um acervo maravilhoso e merece um ótimo espaço de exibição", disse Emanoel
Araújo, o diretor da Pinacoteca,
que ainda se recupera em casa de
um infarto recente.
Segundo Araújo, a cessão de
parte da Pinacoteca não deve
comprometer a sua programação,
que tem previstas mostras de Rubem Valentim, Athos Bulcão e fotografia africana, entre outras. O
maior compromisso da Pinacoteca para o período, em dezembro, é
uma mostra sobre a produção do
arquiteto Oscar Niemeyer, que vai
ocupar todo o prédio.
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