|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Perto do fim, "Mulheres Apaixonadas" acende discussões sobre o papel da ficção na vida real
Final feliz pra quê?
CLÁUDIA CROITOR
LEANDRO FORTINO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Helena vai ficar com Téo ou
com César? Rafaela e Clara vão viver felizes e longe do preconceito?
O ciúme de Heloísa tem cura? Raquel quer se ver livre de Marcos
ou gosta mesmo de apanhar?
O que vai acontecer nas três semanas que antecedem o final da
novela das oito da Globo, "Mulheres Apaixonadas", é um segredo
que só mesmo o autor, Manoel
Carlos, sabe. E ele, claro, não conta para ninguém. Na verdade, o
seu desfecho pouco importa.
Impressionante mesmo é ver o
grau de envolvimento que o público tem com o enredo dessa novela. Parece que os personagens
são amigos ou parentes de quem
acompanha todos os dias os dramas daquela pequena fatia da sociedade carioca.
Algumas coisas, porém, já estão
definidas. A novela das oito da
Globo é campeã de repercussão,
com seus personagens polêmicos,
e o seu jeito de mostrar "a vida como ela é" parece ter contaminado
a audiência média de 51 pontos do
Ibope, em agosto, equivalente a
quase 2 milhões e meio de domicílios na Grande São Paulo.
"Mulheres Apaixonadas" pode
ainda terminar como a maior audiência do horário dos últimos
quatro anos, superando "O Clone", que teve 47 pontos no Ibope.
Além de ser campeã de repercussão, "Mulheres Apaixonadas"
é ainda o maior sucesso comercial
da década. Criou fila de anunciantes esperando por uma vaga nos
seus intervalos. A produção é ainda recordista de merchandising.
Apesar de ter poucas surpresas
a serem reveladas, muita coisa
ainda precisa ser resolvida no que
pode ser a última novela do autor.
Helena, a protagonista de todas
as novelas dele, dessa vez não foi
das que mais chamou a atenção.
Vivida por Christiane Torloni, decidiu se separar do marido Téo
(Tony Ramos) no início da trama
e deve acabar a história com o
mulherengo César (José Mayer),
seu grande amor da juventude, a
quem largou justamente por Téo.
Mas o que parece chamar mais a
atenção entre as 14 mulheres famosas ouvidas pela Folha sobre o
final de "Mulheres Apaixonadas"
é a história de Raquel (Helena Ranaldi), professora que apanha do
marido e tem caso com um aluno.
Marcos (Dan Stulbach), o marido espancador, deve morrer, mas
ainda não se sabe quem será o assassino. E Raquel pode ou não levar para frente seu romance com
o jovem Fred (Pedro Furtado).
"Acho que a Raquel deveria terminar a novela no divã do psicanalista, para saber por que gosta
de apanhar", palpita a jornalista
Mônica Waldvogel, apresentadora do programa "Saia Justa", no
canal pago GNT.
Há ainda a história da socialite
Estela (Lavínia Vlasak), que se
apaixona pelo padre Pedro (Nicola Siri), mas o desfecho o autor já
revelou faz tempo: o padre larga a
batina por amor. Junto também
deve ficar o casal homossexual vivido por Aline Moraes (Clara) e
Paula Picarelli (Rafaela).
Resta saber se a insuportável
Paulinha (Ana Roberta Gualda)
vai virar uma boa menina, se a
professora Santana (Vera Holtz)
vai conseguir parar de beber, se a
enlouquecida Heloísa (Giulia
Gam) vai conseguir segurar o marido (Marcelo Anthony)... "Mulheres Apaixonadas" termina em
10 de outubro.
Texto Anterior: Novelas da semana Próximo Texto: O final de "Mulheres apaixonadas" segundo... Índice
|