São Paulo, quinta-feira, 21 de setembro de 2006

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Crítica

Costinha careta é grande achado de "O Libertino"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

É uma pena que Victor Lima não seja um diretor mais aplicado, ou talentoso, ou inteligente -ou lá o que seja. O fato é que, por alguma razão, escapam-lhe entre os dedos certas virtudes que "Costinha, o Libertino" (Canal Brasil, 1h30) poderia ter.
O argumento diz respeito à hipocrisia e ao cultivo das aparências. Costinha é um senhor moralista que aluga uma propriedade que julga ser um colégio para moças. Claro que não é. Claro que o lugar é exatamente aquilo que imaginamos ser.
Também não foge à ordem das evidências que, quando Costinha vai dar uma blitz no local, seu moralismo estrito acaba sendo desmoralizado e ele cai na gandaia na primeira oportunidade.
Talvez não haja nada de tão especial nessa história, exceto a vontade de fustigar respeitabilidades que, com o desenrolar da história, revelam-se bem pouco respeitáveis. Mas, convenhamos, Costinha na pele de um senhor conservador é um achado cômico a reter.


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