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Mostra reúne múltiplos dos maiores artistas britânicos
Damien Hirst, Anish Kapoor e Tracey Emin estão em exposição
SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO
Não importa que a caveira
cravejada de diamantes de
Damien Hirst apareça só em
foto na mostra aberta hoje no Centro Brasileiro Britânico.
Suas 8.601 pedras, ou R$
32 milhões só em diamantes,
viraram ícone de um mercado em ebulição. Paira como
fantasma sobre um mundo paralelo, em que tudo pode.
Em plena falência do Lehmann Brothers, estopim da
recessão que abalou o mundo há dois anos, o artista britânico vendeu US$ 270 milhões em obras suas num leilão-espetáculo na Sotheby's.
Se por um lado analistas
apontam um encolhimento
de até 93% de seu mercado,
desde que enfiou seus tubarões e bezerros em formol nas
coleções mais poderosas do mundo, o fascínio dessa imagem permanece inabalado.
De certa forma, é isso que
pauta toda essa mostra de expoentes britânicos. Richard
Galpin descasca fotografias
na ânsia de preservar a linha, a ordem por trás da imagem.
Julian Opie subverte a placidez das paisagens nas gravuras japonesas em telas 3D,
cheias de movimento, releitura kitsch da natureza da
imagem, aqui multiplicada.
Superfícies reluzentes das
esculturas de Anish Kapoor
também se transformam em
fotografias de cor estridente,
uma captura fragmentária da
forma que serve como múltiplo mais simples, barato e digerível de seu original, embora sejam também originais, assinados pelo artista.
FAST FORWARD
ONDE Centro Brasileiro Britânico (r. Ferreira de Araújo, 741, tel. 0/xx/11/3039-4466)
QUANDO seg. a sex., 10h às 19h; sáb. e dom., 10h às 16h; até 27/11
QUANTO grátis
JOSÉ SIMÃO
O colunista é publicado no caderno Eleições 2010
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