São Paulo, segunda, 21 de setembro de 1998

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Coreógrafo quer desmontar linguagem

da Agência Folha, em Curitiba

O coreógrafo Rodrigo Pederneiras, 43, considera que seus trabalhos feitos com companhias à parte do mineiro Corpo obrigam-no a se aproximar mais da linguagem do balé clássico -com o sentido de "desmontá-la".
Leia a seguir trechos de entrevista de Pederneiras, dada por telefone à Agência Folha. (RM)
Agência Folha - Como é contribuir com outras companhias além do Grupo Corpo, como o Guaíra?
Rodrigo Pederneiras - Existe uma troca muito grande. É completamente diferente trabalhar numa companhia em que os bailarinos não têm intimidade com o tipo de trabalho que eu faço. A idéia sempre é, de uma certa maneira, lançar um pouco mais mão da linguagem e da técnica clássicas. Por mais que, ao mesmo tempo, se faça a desmontagem dessa técnica.
Agência Folha - O sr. escolheu, para fazer essa coreografia, a versão para "Variações Goldberg" do pianista canadense Glenn Gould...
Pederneiras - Que eu acho a mais genial. Foi consciente. Gould tem uma maneira de tocar Bach muito particular, peculiar.
Agência Folha - O que o sr. acha do Ballet Teatro Guaíra?
Pederneiras - É um balé que tem elementos muito fortes, importantes, mas é uma companhia que está passando por um período um pouco turbulento. Teve várias direções em pouco tempo, problemas internos. Mas essa turbulência nos faz prever um grande crescimento.



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