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Coreógrafo quer desmontar linguagem
da Agência Folha, em Curitiba
O coreógrafo Rodrigo Pederneiras, 43, considera que seus trabalhos feitos com companhias à parte do mineiro Corpo obrigam-no a
se aproximar mais da linguagem
do balé clássico -com o sentido
de "desmontá-la".
Leia a seguir trechos de entrevista de Pederneiras, dada por telefone à Agência Folha.
(RM)
Agência Folha - Como é contribuir com outras companhias além
do Grupo Corpo, como o Guaíra?
Rodrigo Pederneiras - Existe uma
troca muito grande. É completamente diferente trabalhar numa
companhia em que os bailarinos
não têm intimidade com o tipo de
trabalho que eu faço. A idéia sempre é, de uma certa maneira, lançar
um pouco mais mão da linguagem
e da técnica clássicas. Por mais
que, ao mesmo tempo, se faça a
desmontagem dessa técnica.
Agência Folha - O sr. escolheu,
para fazer essa coreografia, a versão para "Variações Goldberg" do
pianista canadense Glenn Gould...
Pederneiras - Que eu acho a mais
genial. Foi consciente. Gould tem
uma maneira de tocar Bach muito
particular, peculiar.
Agência Folha - O que o sr. acha
do Ballet Teatro Guaíra?
Pederneiras - É um balé que tem
elementos muito fortes, importantes, mas é uma companhia que está
passando por um período um pouco turbulento. Teve várias direções
em pouco tempo, problemas internos. Mas essa turbulência nos faz
prever um grande crescimento.
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