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TELEVISÃO
Crítica
Capra cria mundo de atrito entre os espertos e os puros
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Em que mundo será que vivia
Frank Capra? Trata-se de um
mundo político, sem dúvida,
em que o Estado existe basicamente para atrapalhar. É também um mundo que vive à beira
do caos e da injustiça consumada, por culpa do governo ou dos
banqueiros e similares.
Existem os jornalistas, claro,
e não são boa coisa: participam
do mesmo círculo de poder. No
caso de Jean Arthur, em "A Mulher Faz o Homem"
(TCM, 17h15; 12 anos), não resta dúvida. Ela tirará o máximo
proveito da caipirice de James
Stewart, recém-promovido a
senador. Caipirice? Poderia ser
ingenuidade. Pois ocorre um
confronto entre a esperteza e a
pureza, de que ingenuidade seria o outro nome.
Claro, Jean Arthur é jornalista e urbana. Esperta. Mas,
atenção, é mulher. Pulsa nela,
em alguma insuspeita parte, o
sentimento. Esse é que vai justificar o título do belo filme.
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