São Paulo, quarta-feira, 21 de outubro de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Capra cria mundo de atrito entre os espertos e os puros

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Em que mundo será que vivia Frank Capra? Trata-se de um mundo político, sem dúvida, em que o Estado existe basicamente para atrapalhar. É também um mundo que vive à beira do caos e da injustiça consumada, por culpa do governo ou dos banqueiros e similares.
Existem os jornalistas, claro, e não são boa coisa: participam do mesmo círculo de poder. No caso de Jean Arthur, em "A Mulher Faz o Homem" (TCM, 17h15; 12 anos), não resta dúvida. Ela tirará o máximo proveito da caipirice de James Stewart, recém-promovido a senador. Caipirice? Poderia ser ingenuidade. Pois ocorre um confronto entre a esperteza e a pureza, de que ingenuidade seria o outro nome.
Claro, Jean Arthur é jornalista e urbana. Esperta. Mas, atenção, é mulher. Pulsa nela, em alguma insuspeita parte, o sentimento. Esse é que vai justificar o título do belo filme.

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