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Cultura terceiriza busca de publicidade
da Reportagem Local
A TV Cultura pretende aumentar
a quantidade de anúncios institucionais em sua grade de programação. A emissora terceirizou o serviço de captação de publicidade,
contratando o birô de mídia Starsat/Connect, e quer, em 99, aumentar sua receita em R$ 10 milhões, advindos de propaganda.
Os anúncios serão, basicamente,
de quatro tipos: eles terão formatos de 15 segundos, 30 segundos, 1
minuto e 2 minutos.
Segundo Marcos Amazonas, da
Starsat/Connect, a emissora estará
reservando seis minutos de
"breaks" (intervalos) a cada hora
de programação. Como comparação, as TVs abertas privadas têm 16
minutos de "breaks" por hora.
A iniciativa da emissora, que é
gerida pela Fundação Padre Anchieta, tem a intenção de captar
verba para investi-la na produção
de programas.
"Não se presta serviço público
sem verba pública, mas não isso
não é possível apenas com esse tipo de verba", explica o presidente
da Fundação e da Rádio e TV Cultura, Jorge da Cunha Lima.
Segundo o presidente, a venda de
publicidade institucional não fere
os estatutos que regem a emissora.
A publicidade institucional pode
ser definida como um tipo de
anúncio que ressalta uma empresa
sem "vender" os produtos que ela
dispõe no mercado.
"Teremos uma política de aceitação de anúncios. Não serão aceitos, por exemplo, filmes institucionais sobre bebidas, cigarros e, enfim, tudo que possa afetar a qualidade de vida do telespectador",
ressaltou Amazonas.
Os diretores da emissora não revelaram os custos para a inserção
de anúncios em sua programação.
A direção da emissora também
manifestou interesse em "abrir o
leque de contribuições". O presidente Cunha Lima afirmou que
buscará também doações de pessoas físicas que se interessem em
doar dinheiro à rede.
As doações poderão ser deduzidas no Imposto de Renda, com base nas leis de incentivo culturais -
Lei Rouanet e Lei do Audiovisual.
O valor máximo dedutível corresponde a 8% do Imposto de Renda
devido.
A emissora também pretende
aumentar sua receita, associando-se a empresas na operacionalização de "serviços", segundo Cunha
Lima. O programa "Castelo Rá-Tim-Bum", por exemplo, dará origem a um centro temático. O local
e a data de inauguração não foram
divulgados. "O projeto é para o
ano que vem", disse Renato Bulcão, do departamento de marketing da Cultura.
(RUI DANTAS)
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