São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 2008

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No Brasil

"Nós não temos bolha", diz galerista

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DO ENVIADO A NOVA YORK

Se o crash assusta lá fora, o tombo deverá ser menor aqui dentro. Pelo menos é o que esperam galeristas e colecionadores ouvidos pela Folha. Para eles, a arte latino-americana não teve o inchaço registrado no resto do mundo, mantendo seus preços no mesmo patamar ao longo dos anos.
"Nós não temos bolha, não temos nenhum Damien Hirst, nenhum Jeff Koons", compara a galerista Luisa Strina. "É uma vantagem porque não vamos nunca ter de baixar os preços de ninguém."
Mas isso não se estende a todos. O galerista Jones Bergamin, diretor da Bolsa de Arte do Rio, acredita que apenas obras mais raras devem manter o preço. "Agora, trabalhos de qualidade média e de arte contemporânea vão ter que dar uma recuada."
Para Ali Cordero Casal, diretor de um fundo da Venezuela para promover a arte do país nos EUA, a queda da arte no continente não será tão grave, engrossando o coro dos que acreditam na força dos mercados emergentes no quadro da crise global. "O momento é excelente para a arte latino-americana", disse Casal à Folha.
Estrellita Brodsky, conselheira do MoMA, concorda: "A crise vai desacelerar o mercado, mas a esperança é que não será tão grave, já que não existem preços inflados". (FE e SM)


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