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No Brasil
"Nós não temos bolha", diz galerista
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DO ENVIADO A NOVA YORK
Se o crash assusta lá fora, o tombo deverá ser menor aqui dentro. Pelo menos é o que esperam galeristas e colecionadores ouvidos pela Folha. Para
eles, a arte latino-americana não teve o inchaço
registrado no resto do
mundo, mantendo seus
preços no mesmo patamar
ao longo dos anos.
"Nós não temos bolha,
não temos nenhum Damien Hirst, nenhum Jeff
Koons", compara a galerista Luisa Strina. "É uma
vantagem porque não vamos nunca ter de baixar os
preços de ninguém."
Mas isso não se estende
a todos. O galerista Jones
Bergamin, diretor da Bolsa de Arte do Rio, acredita
que apenas obras mais raras devem manter o preço.
"Agora, trabalhos de qualidade média e de arte
contemporânea vão ter
que dar uma recuada."
Para Ali Cordero Casal,
diretor de um fundo da
Venezuela para promover
a arte do país nos EUA, a
queda da arte no continente não será tão grave,
engrossando o coro dos
que acreditam na força
dos mercados emergentes
no quadro da crise global.
"O momento é excelente
para a arte latino-americana", disse Casal à Folha.
Estrellita Brodsky, conselheira do MoMA, concorda: "A crise vai desacelerar o mercado, mas a esperança é que não será tão
grave, já que não existem
preços inflados".
(FE e SM)
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