São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 2008

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Última Moda

ALCINO LEITE NETO - ultima.moda@grupofolha.com.br

Moacyr Lopes Jr. - 2.fev.2008/Folha Imagem
A modelo Naomi Campbell, fã declarada do Brasil, se diverte em bloco afro durante o Carnaval deste ano, em Salvador

Naomi Campbell se rende ao fast fashion

Top, que virá inaugurar loja da 284, diz que roupa barata é o futuro da moda

A top Naomi Campbell se rendeu ao fast fashion brasileiro. A modelo desembarca em São Paulo na semana que vem para participar da inauguração da primeira loja da grife 284, braço mais jovem, e com preços mais baixos, do "grupo" Daslu.
A marca, que aposta na fórmula comercial do fast fashion (roupa barata com informação de moda e troca constante de coleções), é comandada pelos herdeiros-dasluzetes Helena, filha de Donata Meirelles, Luciana, Marcella e Bernardino, filhos de Eliana Tranchesi.
O coquetel de abertura da loja, na Villa Daslu, rola na terça, dia 25, só para convidados.
Naomi estrela a campanha de lançamento da 284, com fotos de Gui Paganini. Também assina uma linha especial para a grife, que fez seu primeiro desfile no Claro Rio Summer.
A top conversou com a Folha por telefone, de Moscou, onde era fotografada por Mario Testino para um editorial. Falou de fast fashion e de sua nova obsessão, Barack Obama.

 

FOLHA - Por que você resolveu trabalhar com a 284, uma marca de fast fashion estreante?
NAOMI CAMPBELL
- Sou amiga de Eliana [Tranchesi] e Donata [Meirelles], da Daslu, que estão por trás do projeto da 284. Conheço a família toda há algum tempo, e sempre nos divertimos muito quando vou ao Brasil. Além da amizade, aceitei porque parte das vendas da marca irá, mensalmente, para projetos de educação de crianças carentes em São Paulo.

FOLHA - Como é a linha especial que você assinou para a marca?
NAOMI
- São peças charmosas e sensuais, têm a cara do Brasil!

FOLHA - O que você pensa da ascensão das redes de fast fashion?
NAOMI
- Não há mais como negar que o fast fashion aponta para o que será o futuro da moda: roupas descomplicadas e baratas. A crise financeira pela qual o mundo está passando no momento talvez acelere esse processo, porque as pessoas devem procurar produtos com preços mais baixos.

FOLHA - E as grandes grifes de luxo, como devem passar por essa crise?
NAOMI
- As grandes maisons e as grandes marcas de luxo vão ter de fazer concessões. Acho que terão de criar linhas mais acessíveis para não perderem espaço no mercado.

FOLHA - Você compra roupas de marcas de fast fashion?
NAOMI
- É claro que sim. Uso Zara, H&M, Topshop...

FOLHA - Você visita o Brasil frequentemente. O que mais te agrada na moda brasileira?
NAOMI
- Gosto do clima desencanado, especialmente do fato de todas as mulheres usarem jeans e tops leves, sensuais. Sou apaixonada por esse espírito "cool" do Brasil.

FOLHA - Você atua em movimentos contra o racismo. O que a vitória de Obama representa para essa luta?
NAOMI
- A vitória de Obama é um sonho realizado. É minha nova obsessão, não consigo parar de pensar nisso. Um presidente que é filho de um homem negro e de uma mulher branca -veja quantas coisas maravilhosas isso representa! É um passo enorme na luta contra o preconceito racial. O racismo é um problema contra o qual venho lutando desde o início da carreira e, finalmente, vejo uma evolução real nessa questão. Estou muito feliz, radiante!

FOLHA - E qual é a sua impressão sobre Michelle Obama?
NAOMI
- Ela é uma mulher forte, muito inteligente e elegante. Que casal incrível, não?

com VIVIAN WHITEMAN


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