|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MANGÁ
Um dos maiores sucessos dos quadrinhos japoneses de ação chega ao Brasil e entra na briga por espaço no mercado
"Vagabond" vem para bater os pokemóns
Divulgação
|
Painel de "Vagabond", lançamento no Brasil da editora Conrad |
DIEGO ASSIS
DA REDAÇÃO
Tem quem ainda torça o nariz
quando ouve falar em mangá: não vê graça nenhuma naquelas crianças histéricas de olhos esbugalhados ou no imenso exército de criaturas com nomes terminados em "mon" que tomou de
assalto os desenhos animados e as
prateleiras de bancas de gibis no
Brasil. Para esses, ainda resta uma
alternativa: ler "Vagabond".
A história de Miyamoto Musashi, um dos mais conhecidos heróis da cultura japonesa, chega finalmente ao público brasileiro
-depois de atingir a marca de
mais de 10 milhões de exemplares
vendidos no Japão e na Europa-
graças à editora Conrad, que acaba de publicar o primeiro volume
de "Vagabond".
Baseado no romance "Miyamoto Musashi", de Eiji Yoshikawa,
lançado em 99 no Brasil pela Estação Liberdade, "Vagabond" impressiona tanto pelo impecável
cuidado gráfico de Takehiko
Inoue -especialmente com as
encantadoras personagens femininas que cruzam o caminho dos
samurais- quanto por sua densidade dramática -repleta de
paixões e relatos das consequências de um período histórico de
paz em que os lutadores perderam seus empregos após anos se
dedicando somente à espada.
O "vagabundo" em questão é
Shinmen Takezosama, que, aos 17
anos, passa a perambular com o
amigo Hon'iden Matahachi pela
área rural do Japão, depois de sofrer uma derrota na batalha de Sekigahara. Maltrapilho e frequentemente ferido nos duelos, Takezo é o exemplo perfeito do herói
dos quadrinhos japoneses: adolescente, charmoso e, quando necessário, impiedoso.
A série, atualmente já no 12º número no Japão, rendeu a Inoue
-também criador do best-seller
dos mangás dos anos 90, "Slam
Dunk", inspirado em jogadores
da NBA- prêmios do Kondasha
Manga Award e do Cultural Affairs Media Arts Festival, em 2000.
O mercado de quadrinhos mangá é um dos que mais crescem no
mundo. Calcula-se que essa indústria (sem contar games e desenhos animados) tem investido a
cada ano cerca de R$ 9 bilhões. Do
total de livros e revistas publicados hoje no Japão, 40% possuem
desenhos e balõezinhos.
Assim como a forma de leitura
(da direita para a esquerda, de
"trás para a frente"), a versão brasileira de "Vagabond" manteve
capa, tamanho e cores originais.
Vagabond
Autor: Takehiko Inoue
Tradutora: Dirce Miyamura
Editora: Conrad
Quanto: R$ 5,50 (148 págs.)
Texto Anterior: Outros lançamentos Próximo Texto: Música: Gilbert Bécaud inédito chega ao Brasil Índice
|