São Paulo, segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

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Exposição faz balanço de salão de arte na Bahia

Com 82 obras, mostra revê história de tradicional evento com a produção brasileira

MAM cria política para melhorar compra de obras de artistas como Pierre Verger e Mario Cravo Neto, mal representados no museu

FABIO CYPRIANO
ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR

Há 16 anos, dezembro era o mês de abertura do Salão da Bahia, um dos eventos de maior visibilidade da nova produção nacional, no Museu de Arte Moderna da Bahia.
Com o fim do salão, por meio do decreto que criou a Bienal da Bahia, publicado no "Diário Oficial" do Estado na última sexta, a "Coleção MAM-BA, 50 Anos de Arte Brasileira" representa um balanço do projeto.
"O salão foi praticamente a única forma de aquisição e isso representa um problema sério para o museu, pois como é possível que artistas como Miguel Rio Branco, Mario Cravo Neto e Pierre Verger estejam tão mal representados aqui?", questiona Solange Farkas, diretora do MAM-BA e organizadora da mostra. Agora, Farkas dará início a uma nova política de aquisição, por meio de um Núcleo de Arte Contemporânea.
A mostra se divide em quatro módulos: "Contemporâneos", "Fotografia", "Modernistas" e "Rubem Valentim", este ocupando sozinho a capela do local, numa espécie de instalação.
"Modernistas", composto por apenas cinco obras, representa as primeiras aquisições do museu, quando de sua criação, em 1949, com telas que hoje são ícones da produção nacional, como "O Boi", de Tarsila do Amaral, ou "Vendedor de Passarinhos", de Portinari.
Modernistas, fotógrafos e contemporâneos, aliás, dividem o mesmo espaço, o famoso casarão reformado por Lina Bo Bardi. Lá estão alguns dos nomes com maior projeção da produção nacional, como Marepe, Regina Silveira, Leda Catunda, Cravo Neto e Verger.
Elegante, a exposição foi muito elogiada pelos conselheiros do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), empossados na última sexta em Salvador. "Essa mostra coloca o museu em um novo patamar, no mesmo nível de instituições internacionais", comentou o curador Fabio Magalhães.


O jornalista FABIO CYPRIANO viajou a convite do MAM-BA

COLEÇÃO MAM-BA, 50 ANOS DE ARTE BRASILEIRA
Quando: de ter. a dom., das 13h às 19h, sáb., das 13h às 21h; até 28/3
Onde: MAM-BA (av. Contorno, s/nº, Salvador, tel. 0/xx/71/3117-6133)
Quanto: entrada franca


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