|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Exposição faz balanço de salão de arte na Bahia
Com 82 obras, mostra revê história de tradicional evento com a produção brasileira
MAM cria política para
melhorar compra de obras de
artistas como Pierre Verger e
Mario Cravo Neto, mal
representados no museu
FABIO CYPRIANO
ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR
Há 16 anos, dezembro era o
mês de abertura do Salão da Bahia, um dos eventos de maior
visibilidade da nova produção
nacional, no Museu de Arte
Moderna da Bahia.
Com o fim do salão, por meio
do decreto que criou a Bienal da
Bahia, publicado no "Diário
Oficial" do Estado na última
sexta, a "Coleção MAM-BA, 50
Anos de Arte Brasileira" representa um balanço do projeto.
"O salão foi praticamente a
única forma de aquisição e isso
representa um problema sério
para o museu, pois como é possível que artistas como Miguel
Rio Branco, Mario Cravo Neto
e Pierre Verger estejam tão mal
representados aqui?", questiona Solange Farkas, diretora do
MAM-BA e organizadora da
mostra. Agora, Farkas dará início a uma nova política de aquisição, por meio de um Núcleo
de Arte Contemporânea.
A mostra se divide em quatro
módulos: "Contemporâneos",
"Fotografia", "Modernistas" e
"Rubem Valentim", este ocupando sozinho a capela do local, numa espécie de instalação.
"Modernistas", composto
por apenas cinco obras, representa as primeiras aquisições
do museu, quando de sua criação, em 1949, com telas que hoje são ícones da produção nacional, como "O Boi", de Tarsila
do Amaral, ou "Vendedor de
Passarinhos", de Portinari.
Modernistas, fotógrafos e
contemporâneos, aliás, dividem o mesmo espaço, o famoso
casarão reformado por Lina Bo
Bardi. Lá estão alguns dos nomes com maior projeção da
produção nacional, como Marepe, Regina Silveira, Leda Catunda, Cravo Neto e Verger.
Elegante, a exposição foi
muito elogiada pelos conselheiros do Instituto Brasileiro
de Museus (Ibram), empossados na última sexta em Salvador. "Essa mostra coloca o museu em um novo patamar, no
mesmo nível de instituições internacionais", comentou o curador Fabio Magalhães.
O jornalista FABIO CYPRIANO viajou a convite
do MAM-BA
COLEÇÃO MAM-BA, 50 ANOS DE ARTE BRASILEIRA
Quando: de ter. a dom., das 13h às 19h,
sáb., das 13h às 21h; até 28/3
Onde: MAM-BA (av. Contorno, s/nº,
Salvador, tel. 0/xx/71/3117-6133)
Quanto: entrada franca
Texto Anterior: Análise: Diretor não abriu mão de princípios Próximo Texto: Arquitetura: Duas chapas disputam a direção de instituto paulista Índice
|