No céu de janeiro, o Sol está em conjunção com Netuno no signo de Aquário. Aqui na Terra, o coração humano está em conjunção com os sonhos mais profundos, aqueles que, de tão recônditos, parecem estranhos quando vêm à tona. Sonhar é uma atividade tão misteriosa para a humanidade que ela tem grande dificuldade em identificar-se como a própria fonte dessas imagens, que algumas vezes enlevam, outras atormentam.
Quando, por exemplo, alguém sonha que está matando outrem, essa pessoa deveria considerar que, além de matar, também é quem morre. Assim, quem sonha escolhe livremente com quem se identifica quando desperta.
Tudo o que é sonhado por uma pessoa é sua própria criação. Por isso, quando os sonhos vêm à tona, a humanidade deveria identificar seu próprio poder de criação, que se revela para atualizar a capacidade de transformar a realidade. Sonhar não é um ato à toa, do qual se beneficiam apenas os poetas, os ingênuos ou os psicólogos. Sonhar é uma das formas de revelação da essência da vida, que é a razão do nascimento e a bússola que orienta aquela dimensão misteriosa que, por falta de outro nome, chamamos destino.

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