São Paulo, sábado, 22 de janeiro de 2005

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CINEMA

Filme baseado no best-seller mundial tem aprovação inicial de autoridades para usar o museu francês como locação

Louvre abre portas para "O Código Da Vinci"

DA REDAÇÃO

O Museu do Louvre, em Paris, servirá como uma das locações da versão cinematográfica de "O Código Da Vinci", best-seller do inglês Dan Brown. O governo francês e autoridades do museu disseram, ontem, que as negociações estão quase finalizadas.
"Há um grande desejo de ver o longa-metragem baseado neste livro, que é reconhecido mundialmente, filmado no Louvre", disse o diretor do museu, Henri Loyrette, à rádio France-Inter. "É um sim, em princípio." Um porta-voz do Ministério da Cultura confirmou: "Sim, está planejado para ir em frente". Autoridades locais aguardam apenas detalhes do roteiro e imagens do storyboard para dar a aprovação final.
Segundo o jornal francês "Le Parisien", a equipe de produção já visitou uma das galerias do museu -local onde se passa a seqüência inicial do livro- e a sala onde fica o quadro "Mona Lisa", a mais famosa obra de Leonardo da Vinci (1452-1519). O filme deve começar a ser rodado em maio deste ano e está previsto para estrear em 2006, segundo o site especializado Imdb (www.imdb.com). Essa será a terceira parceria entre o diretor Ron Howard e o ator Tom Hanks, que vai interpretar o personagem principal, Robert Langdon.
Loyrette afirma que raramente o museu dá permissão para equipes de filmagem usar o lugar como set, apesar dos muitos pedidos. Mas, no caso de "O Código", diz que tanto cenas externas quanto internas poderão ser feitas. Entre produções recentes que usaram o Louvre como locação está "Os Sonhadores", de Bernardo Bertolucci.
"O Louvre não é um set de filmagens. É um lugar que recebe uma média de 20 mil visitantes por dia", disse Loyrette. "Isso significa que os momentos realmente disponíveis para as gravações são as terças [dia em que o museu fecha para visitantes] e as noites."
Os produtores terão, no entanto, que reproduzir outros pontos turísticos de Paris. Ainda segundo o "Le Parisien", a Diocese de Paris disse que a igreja de Saint-Sulpice, também citada no livro, não estará disponível para filmagens, alegando que "ela não é uma ramificação de Hollywood".
O sucesso do livro fez empresas turísticas francesas criar rotas especialmente para lugares citados na obra. A CNN confirma a tendência e diz que a França pretende atrair equipes de filmagens para seus monumentos e museus, com a finalidade de impulsionar o turismo e criar empregos para centenas de trabalhadores.
"O Código Da Vinci", o livro, mistura aventura, história e religião, em uma trama que têm despertado críticas da Igreja Católica. Nela, um professor de Harvard e uma criptóloga tentam desvendar a chamada "maior conspiração da história": a igreja teria sido fundada sobre o segredo de que Jesus Cristo era um simples mortal. O livro foi traduzido em mais de 40 idiomas e lidera listas de mais vendidos desde que foi lançado, em 2003.


Com agências internacionais

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