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CINEMA
Filme baseado no best-seller mundial tem aprovação inicial de autoridades para usar o museu francês como locação
Louvre abre portas para "O Código Da Vinci"
DA REDAÇÃO
O Museu do Louvre, em Paris,
servirá como uma das locações da
versão cinematográfica de "O Código Da Vinci", best-seller do inglês Dan Brown. O governo francês e autoridades do museu disseram, ontem, que as negociações
estão quase finalizadas.
"Há um grande desejo de ver o
longa-metragem baseado neste livro, que é reconhecido mundialmente, filmado no Louvre", disse
o diretor do museu, Henri Loyrette, à rádio France-Inter. "É um
sim, em princípio." Um porta-voz
do Ministério da Cultura confirmou: "Sim, está planejado para ir
em frente". Autoridades locais
aguardam apenas detalhes do roteiro e imagens do storyboard para dar a aprovação final.
Segundo o jornal francês "Le
Parisien", a equipe de produção já
visitou uma das galerias do museu -local onde se passa a seqüência inicial do livro- e a sala
onde fica o quadro "Mona Lisa", a
mais famosa obra de Leonardo da
Vinci (1452-1519). O filme deve
começar a ser rodado em maio
deste ano e está previsto para estrear em 2006, segundo o site especializado Imdb (www.imdb.com). Essa será a terceira parceria
entre o diretor Ron Howard e o
ator Tom Hanks, que vai interpretar o personagem principal, Robert Langdon.
Loyrette afirma que raramente
o museu dá permissão para equipes de filmagem usar o lugar como set, apesar dos muitos pedidos. Mas, no caso de "O Código",
diz que tanto cenas externas
quanto internas poderão ser feitas. Entre produções recentes que
usaram o Louvre como locação
está "Os Sonhadores", de Bernardo Bertolucci.
"O Louvre não é um set de filmagens. É um lugar que recebe
uma média de 20 mil visitantes
por dia", disse Loyrette. "Isso significa que os momentos realmente disponíveis para as gravações
são as terças [dia em que o museu
fecha para visitantes] e as noites."
Os produtores terão, no entanto, que reproduzir outros pontos
turísticos de Paris. Ainda segundo
o "Le Parisien", a Diocese de Paris
disse que a igreja de Saint-Sulpice,
também citada no livro, não estará disponível para filmagens, alegando que "ela não é uma ramificação de Hollywood".
O sucesso do livro fez empresas
turísticas francesas criar rotas especialmente para lugares citados
na obra. A CNN confirma a tendência e diz que a França pretende atrair equipes de filmagens para seus monumentos e museus,
com a finalidade de impulsionar o
turismo e criar empregos para
centenas de trabalhadores.
"O Código Da Vinci", o livro,
mistura aventura, história e religião, em uma trama que têm despertado críticas da Igreja Católica.
Nela, um professor de Harvard e
uma criptóloga tentam desvendar
a chamada "maior conspiração
da história": a igreja teria sido
fundada sobre o segredo de que
Jesus Cristo era um simples mortal. O livro foi traduzido em mais
de 40 idiomas e lidera listas de
mais vendidos desde que foi lançado, em 2003.
Com agências internacionais
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