da Redação

A seguir, o estilista Alexandre Herchcovitch, 27, explica aspectos de sua coleção, que será mostrada em Londres em fevereiro.
²
Folha - Por que a Espanha?
Alexandre Herchcovitch - Foi sugestão do Mauricio Ianês (assistente de estilista). Mas o desafiador era trabalhar isso juntamente com os anos 50, Dior, esses volumes. A Espanha é uma coisa sutil. O que me interessava era essa mistura. Tem outra parte, que é a das modelagens, como um spencer e o look em vermelho, por exemplo, que partem de uma forma só, um retângulo, com buracos para cabeça, dois braços e duas pernas.
Folha - Como surgiu a idéia do cabelo?
Herchcovitch - O primeiro cabelo foi um garfo de espanhola mesmo. O desenho é como se fosse uma escultura. Outra inspiração vem dessas coisas feitas em concurso de cabeleireiro. O moicano veio de um vídeo da Patti Labelle.
Folha - E as crinas de cavalo?
Herchcovitch - É um material que conheci na feira de tecidos Première Vision. Gostei e achei que poderia encaixar na coleção, como no xale gigantesco de Lu Curtis ou no vestido da Lara Gerin com as costas em forma de crina. As rendas e o tecido de folhas também comprei na Première Vision, são materiais de alta-costura suíços e franceses.
Folha - Do que você acha que os ingleses vão gostar mais?
Herchcovitch - Ser brasileiro lá não é negativo e essa coleção não vai fazer feio em lugar nenhum do mundo. O que acho que vai agradar mais é essa mistura que eu faço. Se eu fosse pegar look por look eu falaria de 100 inspirações. É a liberdade que tenho.
(EP)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice