São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

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Crítica

Um berreiro repartido com o público

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Para mim é pessoalmente difícil falar de "Luzes da Ribalta" (Telecine Cult, 19h45). Minha irmã me arrastou para ver esse filme quando ela era aprendiz de bailarina, e eu, aprendiz de gente.
Ela devia imaginar que, sendo um filme de Charlie Chaplin, era uma comédia. Não era. O palhaço Calvero sofre como um condenado, assim como sua protegida, Claire Bloom.
Para completar o depoimento pessoal, digo que armei um berreiro como poucas vezes o cine Metro, em São Paulo, terá visto, de modo que minha irmã se viu forçada a me levar embora antes que a sessão fosse irremediavelmente arruinada.
Anos mais tarde tentei rever o filme e, curiosamente, a impressão que retive foi muito parecida com aquela inicial: a de um melodrama choroso e pesado. Imperdoável.
Essa é uma impressão subjetiva. Mas talvez tenha sido naquela remota sessão que pretendi, pela primeira vez, partilhar o que sinto ao ver um filme.


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