São Paulo, sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

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Crítica

Protagonista de "Showgirls" é um robô erótico

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Poucos filmes no mundo foram tão malfalados quanto "Showgirls". Até hoje, 13 anos depois de ter sido feito, tem tão pouco cartaz que vai passar no Telecine Action (à 0h15), habitualmente um depósito de nulidades.
O filme é uma espécie de refilmagem de "A Malvada", de Mankiewicz, só que de topless. Mas não é essa a questão, e sim: o que nos autoriza a crer que Paul Verhoeven, o autor deste filme, tido até então por um homem inteligente, fosse visto como um idiota?
É estranho, porque, se o sujeito faz "Robocop", aceita-se. Mas um filme entre garotas pouco vestidas de Las Vegas pega mal. Da atriz principal, Elizabeth Berkley, diz-se então que é uma incompetente etc.
E por que o filme é tão ruim? Dizem que, tratando de garotas eróticas, não tem erotismo. Bem, eu achei Berkley ótima justamente por isso: vive nua, mas não transmite sensualidade. Seu corpo é como uma armadura. Ela é um robocop. Um robô erótico. Isso é o que filme tem de original, de notável.


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