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GUERRA
Disney contra Sony
NELSON DE SÁ
em Curitiba
"Aparentemente, na vida real,
Roberto Benigni é tão tolinho
quanto no filme. Não foi desta vez
que a gente conseguiu."
Era a Globo, no momento da derrota de "Central do Brasil". Éramos "nós", como a rede anunciou
o dia todo -ela que nem avisou da
transmissão: dizia apenas "vamos
torcer juntos".
"Nós" fomos o tostão contra o
milhão, ou contra a "campanha
milionária dos estúdios Disney",
da distribuidora Miramax. Em histeria nacionalista, a Globo não se
conteve e nomeou a corporação
supostamente culpada pela força
de "A Vida É Bela".
A Globo se cansou de dizer que
"Central" não tinha o "lobby milionário", não tinha os "US$ 10 milhões" de Roberto Benigni.
Foi preciso um brasileiro de sucesso em Hollywood, Lauro Escorel, lembrar nas Globos, rindo:
"Mas "Central do Brasil' é apoiado
pela Sony Corporation".
Nas horas finais a Globo já não
tratava mais "Central do Brasil"
por "nosso".
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