São Paulo, segunda, 22 de março de 1999

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GUERRA
Disney contra Sony

NELSON DE SÁ
em Curitiba

"Aparentemente, na vida real, Roberto Benigni é tão tolinho quanto no filme. Não foi desta vez que a gente conseguiu."
Era a Globo, no momento da derrota de "Central do Brasil". Éramos "nós", como a rede anunciou o dia todo -ela que nem avisou da transmissão: dizia apenas "vamos torcer juntos".
"Nós" fomos o tostão contra o milhão, ou contra a "campanha milionária dos estúdios Disney", da distribuidora Miramax. Em histeria nacionalista, a Globo não se conteve e nomeou a corporação supostamente culpada pela força de "A Vida É Bela".
A Globo se cansou de dizer que "Central" não tinha o "lobby milionário", não tinha os "US$ 10 milhões" de Roberto Benigni.
Foi preciso um brasileiro de sucesso em Hollywood, Lauro Escorel, lembrar nas Globos, rindo: "Mas "Central do Brasil' é apoiado pela Sony Corporation".
Nas horas finais a Globo já não tratava mais "Central do Brasil" por "nosso".



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