DA REPORTAGEM LOCAL

O feriado de Tiradentes foi agitado para o calendário cultural de São Paulo. Só a 18ª Bienal do Livro, que acontece até o próximo domingo no Complexo Imigrantes, reuniu um público estimado em 70 mil pessoas, segundo a organização do evento.
Aberto na última sexta-feira, o evento do mercado editorial já ultrapassou a marca de 300 mil visitantes. As principais concentrações de ontem eram nas filas de autógrafos, que tiveram desde Toquinho a Mauricio de Sousa.
Apesar de, nesta edição, ter disponibilizado mais uma entrada para o público -pela av. Miguel Stefano-, a organização da Bienal informou ainda que houve trânsito de até três horas para se chegar ao local de carro pelo portão principal, situado na rodovia dos Imigrantes.
"Levei três horas e vinte para chegar só do Jabaquara até aqui", afirmou a esteticista Kely Almeida de Miranda, 28.
Uma hora antes da abertura dos portões, que acontece às 10h, já havia movimento no local.
No parque Ibirapuera, o movimento também foi grande. Cerca de 6.800 pessoas, segundo a assessoria de imprensa da Brasil Connects, visitaram a exposição de Picasso na Oca.
A espera para entrar levava até duas horas e meia. "Tomara que valha a pena", disse o estudante Denis Martins, 29, que viera de Campinas só para ver os quadros do artista espanhol e aproveitou o tempo para ler um livro.
Desde janeiro deste ano, 540 mil visitantes já passaram por lá. Diante da procura, a mostra foi prorrogada até 13 de junho.
Segundo estimativa da Guarda Civil Municipal, outras 7.000 pessoas assistiram ao concerto da Orquestra Sinfônica Jovem da Comunidade Européia, que também aconteceu no parque Ibirapuera, a partir das 11h, com regência do maestro e pianista russo Vladimir Ashkenazy.
Hoje, a orquestra se apresentaria no Teatro Municipal, às 21h, com presença da prefeita Marta Suplicy e de embaixadores dos Estados da União Européia.
(CASSIANO ELEK MACHADO E DIEGO ASSIS)


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