São Paulo, sexta-feira, 22 de junho de 2001

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CRÍTICA

As voltas que o filme de James Gray dá

DA REPORTAGEM LOCAL

Bons filmes de Máfia, como este "Caminho sem Volta", são sempre bem-vindos. Mas não espere movimentadas sequências de crime nem se deixe levar pelo enganoso título em português para "The Yards".
Segundo filme de James Gray, "Caminho sem Volta" é moroso, climático, angustiante. Tão devagar que a bala que sai de uma arma parece que não vai chegar nunca à sua vítima. Tem jeitão de filme de gângster dos anos 40, tanto quanto vive à sombra de "O Poderoso Chefão", como é falado.
A história é velha. Drama de gângster em que rapaz é acusado de coisas que não fez, não delata ninguém para o caso não ficar pior do que está e passa o filme procurando provar sua inocência.
Quem percorre o suposto caminho sem volta é Leo (Mark Wahlberg), que, depois de 16 meses na cadeia (ainda não é a tal injustiça) por roubar carros, tenta se ajustar à sociedade e, para isso, vai procurar o seio da família.
Volta às boas com o melhor amigo, Willie (Phoenix), noivo de sua prima, Erica (Theron). Procura emprego com o tio, Frank (Caan), que dirige um pátio onde se consertam trens do metrô.
Só que logo Leo vai esbarrar na Máfia que envolve políticos, a polícia e os manda-chuvas do metrô nova-iorquino. E voltar ao mundo do crime. Aí o título em português começa a não fazer sentido.
Caminho sem Volta


The Yards
   
Direção: James Gray
Produção: EUA, 2000
Com: Mark Wahlberg, Joaquin Phoenix, Charlize Theron, James Caan
Quando: a partir de hoje nos cines Butantã, Interlagos e circuito




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