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CRÍTICA
As voltas que o filme de James Gray dá
DA REPORTAGEM LOCAL
Bons filmes de Máfia, como
este "Caminho sem Volta",
são sempre bem-vindos. Mas não
espere movimentadas sequências
de crime nem se deixe levar pelo
enganoso título em português para "The Yards".
Segundo filme de James Gray,
"Caminho sem Volta" é moroso,
climático, angustiante. Tão devagar que a bala que sai de uma arma parece que não vai chegar
nunca à sua vítima. Tem jeitão de
filme de gângster dos anos 40,
tanto quanto vive à sombra de "O
Poderoso Chefão", como é falado.
A história é velha. Drama de
gângster em que rapaz é acusado
de coisas que não fez, não delata
ninguém para o caso não ficar
pior do que está e passa o filme
procurando provar sua inocência.
Quem percorre o suposto caminho sem volta é Leo (Mark Wahlberg), que, depois de 16 meses na
cadeia (ainda não é a tal injustiça)
por roubar carros, tenta se ajustar
à sociedade e, para isso, vai procurar o seio da família.
Volta às boas com o melhor
amigo, Willie (Phoenix), noivo de
sua prima, Erica (Theron). Procura emprego com o tio, Frank
(Caan), que dirige um pátio onde
se consertam trens do metrô.
Só que logo Leo vai esbarrar na
Máfia que envolve políticos, a polícia e os manda-chuvas do metrô
nova-iorquino. E voltar ao mundo do crime. Aí o título em português começa a não fazer sentido.
Caminho sem Volta
The Yards
Direção: James Gray
Produção: EUA, 2000
Com: Mark Wahlberg, Joaquin Phoenix,
Charlize Theron, James Caan
Quando: a partir de hoje nos cines
Butantã, Interlagos e circuito
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