São Paulo, segunda-feira, 22 de junho de 2009

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TELEVISÃO

crítica

"Drugstore Cowboy" trafega acima de gêneros

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Em "Drugstore Cowboy" (TC Cult, 22h; 18 anos), o universo das drogas não é engrandecido nem estigmatizado. Trata-se, neste filme de Gus Van Sant (de 1989), de expor um tipo de comportamento, como se nos dissesse "eis aí".
Eis aí o objeto de seus temores. Ou de seus anseios. Ou, ainda, de seus desejos. Há comédia e aventura. Também há drama. Há talvez, o melhor momento, drama, tragédia e comédia -tudo de uma vez-, na sequência da moça que morre de overdose e de quem os companheiros precisam esconder o corpo, num motel onde se realiza um encontro de policiais.
Mas, acima de tudo isso, acima dos gêneros, existe a capacidade de Van Sant de criar enquadramentos e um encadeamento de cenas de uma leveza primorosa. O difícil (do tema e da trajetória do anti-herói) torna-se fácil a nossos olhos, embora nunca mastigado.


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