São Paulo, quarta, 22 de julho de 1998

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CINEMA
Filme dirigido por Adryan Line será exibido em Los Angeles
Novo "Lolita" pré-estréia nos EUA após um ano de polêmicas

ALESSANDRA BLANCO
de Nova York

O polêmico "Lolita", de Adryan Line, finalmente poderá ser visto nos EUA. O filme terá uma espécie de pré-estréia de uma semana a partir de hoje, em Los Angeles.
Dia 2 de agosto, será exibido no Showtime, canal de TV a cabo, e só estreará oficialmente no cinema em 25 de setembro, em Nova York e Los Angeles. Depois, vai para outras 24 cidades americanas.
A pré-estréia de uma semana será feita para que "Lolita" possa ser qualificado para o Oscar. Segundo as regras da Academia, um filme não pode concorrer ao Oscar se for exibido primeiro na TV.
De qualquer forma, a estréia nos EUA marca quase um ano de polêmica no país sobre sua exibição. Executivos de diversas distribuidoras americanas se negaram a distribuir o filme logo depois de ele ter sido exibido em algumas pré-estréias na Europa.
Algumas distribuidoras afirmaram que o alto custo do filme, US$ 58 milhões, a falta de estrelas de peso (apesar de contar com Jeremy Irons e Melanie Griffith), a longa duração (2 horas e 17 minutos) e o "assunto ofensivo" tornavam "Lolita" um risco.
Na verdade, o assunto foi considerado "chocante" pelas distribuidoras, que temiam protestos nos EUA. "Lolita" é uma adaptação de Stephen Schiff do romance de Vladimir Nobokov. No filme de Adryan Line, Irons é um professor de 45 anos que se apaixona por uma garota de 12, Lolita (Dominique Swain). Melanie Griffith faz a mãe da menina.
A Samuel Goldwyn Company vai gastar, junto com a Showtime, US$ 15 milhões para promover "Lolita" nos EUA.



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