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TELEVISÃO
Crítica
Humor e juventude unem Che Guevara e Robin Hood
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Certas qualidades atravessam o tempo e se manifestam
em lugares e pessoas diferentes, mas, substancialmente, o
espírito é o mesmo. Em "As
Aventuras de Robin Hood"
(TCM, 23h50, 12 anos), a proximidade com a primeira parte
do "Che" de Steven Soderbergh
(que ainda não chegou à TV)
são quase evidentes.
Afinal, é de justiça que se trata, em ambos, para povos espoliados por Fulgencio Batista,
no caso cubano, e pelo regente
João, no da Inglaterra medieval. Além de levarem uma guerrilha contra forças poderosas,
tanto Robin Hood quanto Che
Guevara encarnam o humor e a
juventude com que combatem
seus inimigos corruptos. E, claro, têm o povo a seu lado.
Não importa se um existiu e
o outro não. Aliás, não é impossível que Che tenha sido espectador atento do filme de Michael Curtiz e um seguidor do
mitológico Robin Hood.
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