São Paulo, sábado, 22 de outubro de 2011

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CRÍTICA

Mankiewicz dá exemplo de boa união de teatro e cinema

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Só acha o cinema e o teatro artes incompatíveis quem nunca viu um filme de Joseph L. Mankiewicz.
Nesse caso, "Júlio César" (TCM, 14h, classificação não informada) é a melhor das introduções, pois estamos no reino de Shakespeare e também no de Júlio César, o imperador romano.
Ou ainda, se preferir, estamos ainda no reino de Marlon Brando (Marco Antônio), James Mason (Brutus), John Gielgud (Cássio) e outros tantos: um primor de elenco.
E, é claro, cabe a Marlon Brando o melhor momento do filme: o discurso em que celebra o César contra tudo e contra todos.
O que é bem Shakespeare: esses monólogos que invertem toda uma ordem de forças com a força exclusiva das palavras e fazem pensar que, se de fato não foi assim, devia ter sido.
O canal TCM, que tem estragado muitos filmes por causa da dublagem, promete aqui não ter cometido a temeridade de dublar os sons dessas palavras.



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