São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2008

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MinC defende limitar vendas de meia-entrada

Para ministro, redução servirá para controlar preços

LARISSA GUIMARÃES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, defendeu ontem a adoção de limites para os ingressos de meia-entrada como forma de, segundo ele, contornar os altos preços de eventos culturais no país e a crise "no mercado de espetáculos".
"A compensação pela meia-entrada falsa é o aumento do ingresso", disse. "Mas só com um sistema de fiscalização satisfatório, o direito a ingressos por cota não será burlado."
O ministro voltou a falar sobre a questão no momento em que a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado está prestes a votar um projeto que limita o benefício da meia-entrada a 40% do total de ingressos em eventos culturais.
Os estudantes são contrários a qualquer tipo de limitação, e os produtores artísticos afirmam não ser possível trabalhar sem limitar os descontos.
Em entrevista coletiva ontem, Ferreira frisou diversas vezes que a defesa de cota para a meia-entrada é um "posicionamento pessoal", e não do ministério. "O local dessa discussão é o Congresso. O ministério não está indicando preferência de solução, mas alguma solução terá de ser encontrada."
Ferreira disse considerar que todos os jovens e crianças menores de 18 anos deveriam ter a meia-entrada garantida, apenas com a apresentação da carteira de identidade.
O ministro criticou o decreto de 2001 que liberou a emissão de carteiras estudantis para mais entidades. Ele defendeu que apenas a UNE (União Nacional dos Estudantes) e a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), "as únicas com legitimidade", tenham a exclusividade.


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