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MinC defende limitar vendas de meia-entrada
Para ministro, redução servirá para controlar preços
LARISSA GUIMARÃES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Cultura, Juca
Ferreira, defendeu ontem a
adoção de limites para os ingressos de meia-entrada como
forma de, segundo ele, contornar os altos preços de eventos
culturais no país e a crise "no
mercado de espetáculos".
"A compensação pela meia-entrada falsa é o aumento do
ingresso", disse. "Mas só com
um sistema de fiscalização satisfatório, o direito a ingressos
por cota não será burlado."
O ministro voltou a falar sobre a questão no momento em
que a Comissão de Educação,
Cultura e Esporte do Senado
está prestes a votar um projeto
que limita o benefício da meia-entrada a 40% do total de ingressos em eventos culturais.
Os estudantes são contrários
a qualquer tipo de limitação, e
os produtores artísticos afirmam não ser possível trabalhar
sem limitar os descontos.
Em entrevista coletiva ontem, Ferreira frisou diversas
vezes que a defesa de cota para
a meia-entrada é um "posicionamento pessoal", e não do ministério. "O local dessa discussão é o Congresso. O ministério
não está indicando preferência
de solução, mas alguma solução
terá de ser encontrada."
Ferreira disse considerar que
todos os jovens e crianças menores de 18 anos deveriam ter a
meia-entrada garantida, apenas com a apresentação da carteira de identidade.
O ministro criticou o decreto
de 2001 que liberou a emissão
de carteiras estudantis para
mais entidades. Ele defendeu
que apenas a UNE (União Nacional dos Estudantes) e a
UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), "as
únicas com legitimidade", tenham a exclusividade.
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