São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

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Crítica

"Gato Preto" foge das convenções do gênero terror

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Um jovem casal tem, inadvertidamente, a idéia de passar a lua-de-mel na Hungria. Não sabiam que estavam num filme de terror, e que a Europa Oriental é o berço de grande parte do terror do mundo.
Por sorte, eles caem em "O Gato Preto" (TCM, 2h20; classificação indicativa não informada), um dos raros filmes em que Edgar G. Ulmer teve boa produção. Eles caem também, de cara, ao lado do cavernoso dr. Vitus Werdegast (Bela Lugosi). Pior, o ônibus em que viajam sofre um desastre e vão os três parar na casa de um célebre e também soturno arquiteto, Boris Karloff.
Filmando em 1934, Ulmer evita duas poderosas convenções: o filme de monstro (com Karloff e Lugosi!) e a arquitetura gótica (ao contrário, trabalha no art déco). E faz um terror original, em que a atmosfera conta mais do que tudo.
Há quem, como Richard Gilliam, considere este não só a obra-prima do diretor alemão como um dos grandes filmes sobre questões que o primeiro pós-guerra legou. A ele, pois.


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