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MinC dá novo prazo a ator Guilherme Fontes, por ordem do TCU
"Chatô" pode captar mais R$ 4 mi
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro da Cultura, Francisco Weffort, autorizou ontem o
produtor e cineasta Guilherme
Fontes a captar mais R$
3.949.761,21 para a produção do
filme "Chatô", paralisada desde
maio de 99. Fontes tem prazo de
seis meses para obter o dinheiro,
por meio de doações ou patrocínios amparados pela Lei Rouanet
(de renúncia fiscal).
A portaria de Weffort atende à
decisão 009.231 do TCU (Tribunal
de Contas da União), que, no último dia 13, havia estabelecido prazo de dez dias úteis para que o Ministério da Cultura (MinC) "adotasse as medidas de sua competência que possibilitem à empresa
Guilherme Fontes Filmes Ltda
captar os recursos financeiros
complementares ao orçamento
do projeto "Chatô'".
O orçamento de "Chatô" foi
aprovado em 1995, num total de
14.280.570 Ufirs. Em dezembro de
99, o MinC não renovou o prazo
de Fontes para concluir sua captação, por suspeita de irregularidades no uso de recursos. A prestação de contas do projeto foi encaminhada ao TCU. Em dezembro
passado, o tribunal concluiu que
não houve ilegalidade e informou
ao MinC "não ter nada a opor à
continuidade do projeto".
Em carta encaminhada ao TCU
em fevereiro, Weffort citava argumentos para não renovar o prazo
de captação. Fontes recorreu ao
tribunal e obteve a decisão agora
cumprida pelo MinC.
"Finalmente o ministro encontrou o fio da verdade. Acho que ficará orgulhoso do filme", disse
Fontes. O produtor e cineasta afirma que tem "negociações avançadas" com patrocinadores e espera
"captar tudo em pouco tempo".
Sua previsão é retomar as filmagens em maio e concluir o filme
em outubro.
Pelos cálculos de Fontes, respaldados pelo TCU, "Chatô" teria
mais R$ 6,4 milhões a captar pela
Lei Rouanet. Na portaria, o ministro diz que chegou ao valor de
quase R$ 4 milhões deduzindo o
total já captado (aproximadamente R$ 8,6 milhões) do total
aprovado originalmente. O produtor e cineasta afirma que tem
80% do filme concluído, faltando
a captação de algumas imagens e
a finalização em película.
"Chatô" é uma adaptação do livro de Fernando Morais ("Chatô
-O Rei do Brasil"), sobre o empresário das comunicações Assis
Chateaubriand. "Estou muito feliz e agradeço a todos os meus patrocinadores pela paciência com a
cultura nacional", disse Fontes.
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