São Paulo, sábado, 23 de março de 2002

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MinC dá novo prazo a ator Guilherme Fontes, por ordem do TCU

"Chatô" pode captar mais R$ 4 mi

SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro da Cultura, Francisco Weffort, autorizou ontem o produtor e cineasta Guilherme Fontes a captar mais R$ 3.949.761,21 para a produção do filme "Chatô", paralisada desde maio de 99. Fontes tem prazo de seis meses para obter o dinheiro, por meio de doações ou patrocínios amparados pela Lei Rouanet (de renúncia fiscal).
A portaria de Weffort atende à decisão 009.231 do TCU (Tribunal de Contas da União), que, no último dia 13, havia estabelecido prazo de dez dias úteis para que o Ministério da Cultura (MinC) "adotasse as medidas de sua competência que possibilitem à empresa Guilherme Fontes Filmes Ltda captar os recursos financeiros complementares ao orçamento do projeto "Chatô'".
O orçamento de "Chatô" foi aprovado em 1995, num total de 14.280.570 Ufirs. Em dezembro de 99, o MinC não renovou o prazo de Fontes para concluir sua captação, por suspeita de irregularidades no uso de recursos. A prestação de contas do projeto foi encaminhada ao TCU. Em dezembro passado, o tribunal concluiu que não houve ilegalidade e informou ao MinC "não ter nada a opor à continuidade do projeto".
Em carta encaminhada ao TCU em fevereiro, Weffort citava argumentos para não renovar o prazo de captação. Fontes recorreu ao tribunal e obteve a decisão agora cumprida pelo MinC.
"Finalmente o ministro encontrou o fio da verdade. Acho que ficará orgulhoso do filme", disse Fontes. O produtor e cineasta afirma que tem "negociações avançadas" com patrocinadores e espera "captar tudo em pouco tempo". Sua previsão é retomar as filmagens em maio e concluir o filme em outubro.
Pelos cálculos de Fontes, respaldados pelo TCU, "Chatô" teria mais R$ 6,4 milhões a captar pela Lei Rouanet. Na portaria, o ministro diz que chegou ao valor de quase R$ 4 milhões deduzindo o total já captado (aproximadamente R$ 8,6 milhões) do total aprovado originalmente. O produtor e cineasta afirma que tem 80% do filme concluído, faltando a captação de algumas imagens e a finalização em película.
"Chatô" é uma adaptação do livro de Fernando Morais ("Chatô -O Rei do Brasil"), sobre o empresário das comunicações Assis Chateaubriand. "Estou muito feliz e agradeço a todos os meus patrocinadores pela paciência com a cultura nacional", disse Fontes.


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