São Paulo, domingo, 23 de abril de 2006

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CRÍTICA/"A GATA E O RATO - 1ª E 2ª TEMPORADAS"

Dupla só investiga a guerra dos sexos

LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

Modelo grã-fina (Cybill Shepherd) toma um golpe e perde tudo, menos uma agência de detetives. Mas o que ela vai fazer com esse negócio? Pelo menos vai servir para passar o tempo batendo boca com seu sócio (Bruce Willis) e criar "A Gata e o Rato".
O seriado inovou, em 1985, ao ignorar as convenções e colocar a solução dos crimes em segundo plano numa série de detetives. Isso para evidenciar a tensão sexual entre os dois investigadores e a influência da "screwball comedy" (ou comédia maluca). Eles se declaram um ao outro e avançam o sinal, para depois voltarem atrás, como se nada tivesse acontecido.
Eles não param de falar e nunca concordam em nada. Ele é sexista e mulherengo e está sempre enrolando alguém. Ela se preocupa com as contas, mas sempre diz "não" a um novo caso. Eles são ótimos juntos, ainda mais quando provocam um ao outro.
No pacote da Sony, com seis discos, há desde o piloto, em que toda a desgraça de Maddie é relatada, até um episódio com apresentação de Orson Welles (1915-85), dias antes de ele morrer, todo em preto-e-branco e com som monofônico, em que rola o primeiro beijo entre os dois brigões -pena que apenas em sonho.
Os extras trazem entrevistas atuais com os protagonistas (é impagável ver Cybill dizer que nunca teve um caso com Willis e "isso manteve a tensão na série") e com o criador, Glenn Gordon Caron, que conta detalhes como a escalação inicial, pensada para Jessica Lange e Bill Murray.


A Gata e o Rato - 1ª e 2ª Temporadas
   
Criação:
Glenn Gordon Caron
Distribuidora: Sony; R$ 145, em média


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