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CRÍTICA/"A GATA E O RATO - 1ª E 2ª TEMPORADAS"
Dupla só investiga a guerra dos sexos
LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL
Modelo grã-fina (Cybill
Shepherd) toma um golpe e
perde tudo, menos uma agência
de detetives. Mas o que ela vai fazer com esse negócio? Pelo menos
vai servir para passar o tempo batendo boca com seu sócio (Bruce
Willis) e criar "A Gata e o Rato".
O seriado inovou, em 1985, ao
ignorar as convenções e colocar a
solução dos crimes em segundo
plano numa série de detetives. Isso para evidenciar a tensão sexual
entre os dois investigadores e a influência da "screwball comedy"
(ou comédia maluca). Eles se declaram um ao outro e avançam o
sinal, para depois voltarem atrás,
como se nada tivesse acontecido.
Eles não param de falar e nunca
concordam em nada. Ele é sexista
e mulherengo e está sempre enrolando alguém. Ela se preocupa
com as contas, mas sempre diz
"não" a um novo caso. Eles são
ótimos juntos, ainda mais quando provocam um ao outro.
No pacote da Sony, com seis
discos, há desde o piloto, em que
toda a desgraça de Maddie é relatada, até um episódio com apresentação de Orson Welles (1915-85), dias antes de ele morrer, todo
em preto-e-branco e com som
monofônico, em que rola o primeiro beijo entre os dois brigões
-pena que apenas em sonho.
Os extras trazem entrevistas
atuais com os protagonistas (é
impagável ver Cybill dizer que
nunca teve um caso com Willis e
"isso manteve a tensão na série")
e com o criador, Glenn Gordon
Caron, que conta detalhes como a
escalação inicial, pensada para
Jessica Lange e Bill Murray.
A Gata e o Rato - 1ª e 2ª Temporadas
Criação: Glenn Gordon Caron
Distribuidora: Sony; R$ 145, em média
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