São Paulo, sexta-feira, 23 de abril de 2010

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Última Moda

VIVIAN WHITEMAN (interina) - ultima.moda@grupofolha.com.br

Agulhas no front

Semanas de moda regionais brigam para conquistar espaço no cada vez mais disputado território fashion brasileiro

Apesar da crise mundial, os últimos cinco anos foram de festa para a moda brasileira. Não apenas pelo amadurecimento de uma indústria que espera faturar US$ 50 bilhões até o final de 2010 (faturou US$ 47 bilhões em 2009), mas também pelo surgimento e consolidação de eventos que ajudam a aquecer os negócios do setor.
Desde 2005, foram criadas seis novas semanas de moda no Brasil. Com diferentes formatos e propostas, eventos como Paraná Business Collection (PR), Minas Trend Preview (MG), Capital Fashion Week (DF), Santa Catarina Moda Contemporânea (SC), Moda Recife (PE) e Rio Summer (RJ) ajudam a traçar um novo panorama do calendário fashion brasileiro. "Esses novos eventos refletem a necessidade de uma descentralização da moda no Brasil, um país grande e diverso", diz Fernando Pimentel, superintendente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção).
O grande modelo de sucesso para os eventos iniciantes é a São Paulo Fashion Week, comandada pelo empresário Paulo Borges e que pertence ao grupo de investimentos InBrands, também proprietário do Fashion Rio e do Rio Summer. Sozinha, a SPFW movimenta, direta (desfiles e negócios) e indiretamente (turismo, noite, eventos paralelos etc), cerca de R$ 1,5 bilhão em cada uma de suas edições.
Diante de cifras tão polpudas, é de se esperar que na hora de dividir o território da moda brasileira a disputa pelo maior pedaço seja acirrada.
O negócio dos eventos de moda fez com que verdadeiros exércitos fashion fossem criados e, nessa guerra das agulhas, sobram críticas para a centralização dos investimentos no eixo Rio-São Paulo. Para tentar virar o jogo, alguns eventos estendem as bandeiras de sua região, outros preferem focar suas ações na descoberta de jovens talentos, tudo para atrair o apoio da indústria e de possíveis patrocinadores.
Para mapear os rumos dessa disputa, a Folha falou com os organizadores das dez maiores semanas de moda do Brasil e criou um mapa das fashion weeks, com números, objetivos e áreas de atuação de cada um dos eventos. Confira:


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