São Paulo, sábado, 23 de abril de 2011 |
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CRÍTICA Scorsese tenta capturar o real que sempre escapa da lente INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA Para Martin Scorsese, o cinema é, basicamente, um diálogo com o próprio cinema. Algo que exclui o mundo exterior, pois imagens remetem a imagens. Isso é, aliás, o que se vê em "Ilha do Medo" (TC Premium, 22h). Mas não trata de um jogo confortável. Não: trata-se de uma verdadeira tragédia. Ao contrário dos primeiros tempos, ou dos anos 1940 e 1950, existe hoje uma luta febril para capturar um real que teima em sempre escapar da lente. Essa é, também, a luta de Teddy Daniels, o policial, para descobrir a verdade terrível do presídio que investiga. Como escapar das armadilhas que todo o tempo parecem se armar para ele, que o impedem de tocar o real, se quem mais esconde a verdade é ele mesmo? Filme do desespero, "Ilha do Medo" só podia mesmo ter sido feito como foi, radicalmente. Após o Oscar, a vida; enfim, seus percalços e pesadelos. Texto Anterior: Laertevisão Próximo Texto: Melhor do dia Índice | Comunicar Erros |
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