São Paulo, quinta, 23 de abril de 1998

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No início, artista causou polêmica

de Paris

No começo de sua carreira, o pintor Eugène Delacroix causou polêmica com seus quadros, que muitos críticos comparavam a obras inacabadas.
A metade inicial do século 19 foi marcada, no meio artístico francês, pelo conflito entre neoclassicismo e romantismo.
O primeiro tomou conta do cenário no fim do século 18, devido à sua identificação com os ideais revolucionários que mudaram a França a partir de 1789. O principal era o triunfo da razão.
Na pintura, eram predominantes o resgate da tradição clássica (Grécia e Roma antigas), sempre representada com traços seguros e cores discretas.
Já o romantismo surgiu com o objetivo de fazer um contraponto à visão extremamente racional do neoclassicismo. Assim, os artistas românticos se consideravam livres para usar cores vivas com o fim de privilegiar a expressão de um sentimento em detrimento do rigor formal do desenho.
Os pioneiros do romantismo francês na pintura foram Théodore Géricault e Delacroix.
Mas Delacroix jamais se resignou a seguir um movimento. Aos poucos, foi se afastando do romantismo em nome de uma visão própria da pintura.
Extremamente culto, retirava os temas de seus quadros das fontes mais diversas: obras de Dante, Byron, Goethe ou Shakespeare, temas religiosos ou atuais como a guerra de independência da Grécia, na década de 1820. (RA)



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