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São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 2003

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PRIMEIRA-FILHA

Lurian, os peixes e as maçãs

Única filha mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Lurian, 29, virou o símbolo do Fome Zero em Florianópolis, Santa Catarina, onde mora. Casada e mãe de Maria Beatriz, 8, Lurian trabalha na ONG Rede 13 e vive sendo procurada por associações e empresas interessadas em fazer doações ao governo. Na quarta, ela conversou rapidamente com a coluna, pelo telefone celular. Falou um pouco sobre suas atividades e a vida de "primeira-filha":
 

Folha - Você está trabalhando no Fome Zero?
Lurian -
Sou diretora de projetos sociais de uma ONG, e ela faz parte da articulação do Fome Zero. A gente tem ido para os municípios conversar, mais com a sociedade civil.

Folha - Você representa o governo?
Lurian -
As pessoas interpretam dessa forma, né? Mas eu não estou representando ninguém, eu estou representando a ONG. A Prefeitura de São Joaquim (SC), por exemplo, quis doar cem toneladas de maçãs para o Fome Zero. Eu entrei em contato com a Conab para alguém ir lá receber a doação. Eu não poderia assumir a responsabilidade pelo governo de receber quase 1 milhão de maçãs e distribuir.

Folha - A ONG vai receber o selo de parceira do Fome Zero?
Lurian -
Vai. Na Semana Santa, por exemplo, uma indústria de pesca nos procurou para doar dez toneladas de peixe. Aí a gente pensou: como distribuir? Porque peixe é alimento perecível. Um alimento que estrague na nossa mão, a responsabilidade é em dobro para a gente, né? Imagina... Aí procuramos o serviço social municipal de Blumenau, associações em Itapema e Itajaí para verem como armazenar e distribuir.

Folha - A sua vida mudou muito depois da eleição do Lula, seu pai, à Presidência?
Lurian -
Continua igual.

Folha - Outro dia encontrei seu irmão, Sandro, no show do Gilberto Gil, e ele estava cercado por seguranças.
Lurian -
É, não tem como abrir mão disso. A família toda tem [segurança]. Mas a vida continua normal, todo mundo trabalhando.

Folha - E para Brasília, você tem ido?
Lurian -
Não. Normalmente eu tenho reunião de fim de semana aqui, e estou estudando.

Folha - Estudando o quê?
Lurian -
Idioma. Estudo espanhol no Senac, e minha aula é bem no sábado. Então normalmente fim de semana eu fico aqui. E estou fazendo inglês também.

Folha - Mas você já visitou seu pai em Brasília?
Lurian -
Já, lógico. Só não tenho ido com frequência.

Folha - E você gosta de Brasília?
Lurian -
Eu prefiro aqui. Porque em Brasília a gente acaba ficando mais em casa. Aqui não. Aqui eu saio, faço tudo o que eu tenho que fazer.

Folha - E para falar com seu pai, ficou mais difícil?
Lurian -
Ficou mais difícil, mas eu falo. Eu ligo, deixo recado, e na hora que pode ele me dá retorno.


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