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POLICIAL
"Linha Direta" tenta explicar o inexplicável
MARCELO BARTOLOMEI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Uma "maldição" que supostamente paira sobre o edifício Joelma dá vida ao episódio de estréia
de "Linha Direta - Mistério", que
trata do incêndio de 1974, no centro de São Paulo, que matou 189
pessoas e deixou 345 feridas.
A idéia é abordar, uma vez por
mês, assuntos que nem a polícia
nem a Justiça, tampouco a ciência, conseguem explicar. "Há cerca de dois anos gravamos um piloto com entrevistas e cenas de
dramaturgia a respeito de uma
casa supostamente assombrada
no Rio. E ficamos com essa idéia
porque sentíamos que havia um
forte interesse do público por esses temas", diz o diretor-geral do
programa, Milton Abirached.
Segundo ele, o programa -conhecido por apresentar crimes
reais com dramatizações- tenta
se renovar após completar seis
anos de exibição. "Esse forte interesse é inversamente proporcional à existência de programas sobre esses assuntos na TV e até no
cinema brasileiros. Na TV americana, os exemplos são numerosos, como "Twilight Zone" e "Amazing Stories'", afirma.
A série "Mistério" surgiu a partir de dois episódios do "Linha Direta - Justiça", "Máscaras de
Chumbo" e "As Cartas de Chico
Xavier", que "tocavam no tema
Justiça e também em mistérios
que a ciência dificilmente explica", complementa o diretor. Segundo o programa, os mistérios
do Joelma começam em 1948,
quando um professor assassinou
a mãe e as duas irmãs na casa que
ficava no mesmo terreno. Depois
de 26 anos, aconteceu o incêndio
que chocou o país.
O episódio terá uma dramatização em que o médium Chico Xavier teria recebido uma mensagem de uma das vítimas. "O programa poderá falar de acontecimentos que os espíritas interpretarão a seu modo, mas nós só temos o modo jornalístico para
abordar os temas desse programa. Mostraremos esse embate entre ciência e fé."
Linha Direta - Mistério
Quando: hoje, às 22h50, na Globo
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