O bandoneonista Rodolfo Mederos se apresenta com orquestra na Sala São Paulo

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Bandoneonista, compositor e arranjador, o argentino Rodolfo Mederos, 68, mostra o diálogo entre o tango e a música sinfônica hoje, em São Paulo, com a OSB (Orquestra Sinfônica Brasileira).
Regida por Roberto Minczuk, a orquestra toca a "Serenata para Cordas", de Tchaikovski, e a suíte "Estancia", de Alberto Ginastera (1916-1983). Mederos executa o "Concerto Aconcagua", de Astor Piazzolla (1921-1992), bem como três arranjos para obras do mítico Carlos Gardel (1890-1935): "Gardeliana", "Volver" e "El Día Que Me Quieras".
Tido como o maior nome de seu instrumento na atualidade, Mederos crê que o tango encontre sua expressão ideal não na linguagem sinfônica, mas nos pequenos grupos chamados de "orquestras típicas". "O Beethoven do tango seria gente como Osvaldo Pugliese, Anibal Troilo e Horacio Salgán, com suas orquestras típicas", diz.