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CRÍTICA TERROR
Filme "Carrie" apresenta as contradições do pós-Vietnã
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Quando "Carrie, a Estranha" (TCM, 23h50, 14 anos)
surgiu, em 1976, quase todo
mundo se deu conta de que
estávamos diante de um fato
novo. Brian de Palma fazia
um filme de linguagem popular que tocava questões da
sexualidade e do medo.
O registro era o do terror,
terror religioso, em parte,
pois a mãe de Carrie era uma
fanática. A perversidade adolescente também aparece. Os
colegas fazem da vida de Carrie um inferno.
Mas temos o mundo cor-de-rosa dos bailes de escola.
Ali, o lugar da felicidade e da
reconciliação se tornará o local onde o terror se manifesta. Esta é a novidade: o mundo do pós-Vietnã já não sabia
o caminho para superar as
contradições, de certo modo
desaprendera como ser feliz.
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