São Paulo, sexta-feira, 23 de julho de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CRÍTICA TERROR

Filme "Carrie" apresenta as contradições do pós-Vietnã

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Quando "Carrie, a Estranha" (TCM, 23h50, 14 anos) surgiu, em 1976, quase todo mundo se deu conta de que estávamos diante de um fato novo. Brian de Palma fazia um filme de linguagem popular que tocava questões da sexualidade e do medo.
O registro era o do terror, terror religioso, em parte, pois a mãe de Carrie era uma fanática. A perversidade adolescente também aparece. Os colegas fazem da vida de Carrie um inferno.
Mas temos o mundo cor-de-rosa dos bailes de escola. Ali, o lugar da felicidade e da reconciliação se tornará o local onde o terror se manifesta. Esta é a novidade: o mundo do pós-Vietnã já não sabia o caminho para superar as contradições, de certo modo desaprendera como ser feliz.


Texto Anterior: O melhor do dia
Próximo Texto: Programação de TV
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.