DA REPORTAGEM LOCAL

É difícil pensar em São Paulo e não se lembrar de monumentos da arquitetura e do urbanismo localizados na cidade como o edifício Copan, o parque do Ibirapuera e o Memorial da América Latina. Curioso é lembrar que todos eles foram projetados pelo mesmo homem, o arquiteto carioca Oscar Niemeyer, 96, um dos responsáveis pelo reconhecimento do traçado brasileiro no exterior.
Depois de 50 anos de inauguração da primeira obra -o parque Ibirapuera, em 1954-, Niemeyer recebe, por fim, o título de cidadão paulistano.
Para o autor da proposta de entrega do título, o arquiteto e vereador Nabil Bonduki, Niemeyer é uma peça fundamental para a arquitetura mundial. "É surpreendente que, até agora, São Paulo não tivesse prestado essa homenagem a Niemeyer", diz.
Já o Instituto Tomie Ohtake organizou exposição de grandes painéis fotográficos dos três projetos mais significativos do arquiteto para a história da capital paulista. As fotos são de Nelson Kon (aéreas) e de Andrés Otero (solo).
"São as três obras definitivas dele em São Paulo. O Ibirapuera é notório, não precisa nem comentar. Depois nós temos o Copan, um prédio de forma inusitada, plenamente ocupado até hoje, e o conjunto do Memorial da América Latina", diz Ricardo Ohtake, presidente do instituto.
Na abertura da exposição, será lançado o livro "Oscar Niemeyer em São Paulo", com as fotografias dos painéis e textos escritos por Bonduki, Julio Katinksy, professor titular e diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da USP, e Miguel Pereira, vice-presidente da União Internacional de Arquitetos.
O título, aprovado por unanimidade na câmara, será entregue amanhã, às 14h30, no Memorial da América Latina, onde será realizado, pela manhã, um seminário sobre a obra de Niemeyer.