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Turnê traz ao país "disco-punk sueco"
Quinteto Love Is All apresenta ao vivo em setembro as músicas de seu elogiado álbum de estréia
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Eles são como um segredo
valioso compartilhado há algum tempo por dedicados fãs,
mas que está sendo revelado
aos poucos por meio de textos
elogiosos em diversos sites, revistas e jornais. Os suecos Love
Is All lançaram um disco quase
irrepreensível no ano passado,
e mostram no mês que vem no
Brasil seu rock recheado de
melodias dançantes.
Quinteto liderado pela vocalista Josephine Olausson, o Love Is All é parte da nova Invasão
Sueca, que já trouxe ao país artistas como Jens Lekman, José
González e El Perro del Mar.
Desta vez, a turnê traz, além
do Love Is All, a dupla Suburban Kids with Biblical Names e
o projeto Hello Saferide (da
cantora Annika Norlin).
A trupe se apresenta no festival Coquetel Molotov, em 14 e
15 de setembro, em Recife, e
tem datas ainda em Porto Alegre, Curitiba e São Paulo. Na capital paulista, Hello Saferide
toca em 18/9, no Sesc Vila Mariana, enquanto o Studio SP
abriga shows de Love Is All (dia
20/9) e Suburban Kids (21/9).
Lançado na Europa e nos
EUA no início de 2006, não demorou muito para que "Nine
Times that Same Song" conquistasse fãs e espaço em blogs.
O disco de estréia do Love Is All
traz uma coleção de dez faixas
de rock melódico, com guitarras e baixo cheios de groove.
O compasso dançante fez o
grupo ser comparado a bandas
do chamado disco-punk, o termo que procura reunir artistas
cuja pegada roqueira cai bem
numa pista de dança, como
LCD Soundsystem e Rapture.
"Muita gente nos diz isso,
comparam também com Yeah
Yeah Yeahs...", conta Josephine, por telefone, à Folha. "Não
vejo nenhuma grande conexão.
Talvez porque nossas canções
sejam dançantes e algumas das
influências sejam as mesmas,
de bandas do final dos anos 70,
começo dos 80, como Slits."
Com pouco mais de 30 minutos, "Nine Times..." é um
disco enxuto, com um clima de
urgência que atravessa suas
dez músicas. "Não foi uma decisão pensada, mas definitivamente não queríamos fazer um
disco de uma hora de duração.
Além disso, queríamos um disco acessível. Todos na banda tínhamos diferentes opiniões sobre como o álbum deveria soar,
mas tinha que ser acessível."
Esse lado pop pode ser encontrado nos pegajosas melodias de músicas como "Make
Out Fall Out Make Up", "Busy
Doing Nothing" e "Ageing Had
Never Been His Friend".
"Encontrei amigos antigos e
não consegui descrever a nossa
música a eles", diz a vocalista.
"Talvez bonita, caótica, mas
ainda disciplinada, energética."
Após a turnê no Brasil, o Love Is All volta a Gotemburgo
para terminar de gravar o segundo álbum. Dá para ouvir algumas de suas músicas no site
www.myspace.com/loveisall8.
Incentivo do governo
A Invasão Sueca é parte de
um programa do governo da
Suécia para divulgar pelo mundo a música do país. O Swedish
Institute toca parte desse projeto, que tem verba anual de
cerca de US$ 200 mil (R$ 407
mil) e leva artistas aos EUA, Japão e França, entre outros.
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