São Paulo, domingo, 23 de novembro de 2008

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"A técnica é bater perna", diz Danuza

Autora conta que prefere descobrir novos lugares a frequentar locais da moda e critica o consumismo em excesso

"A América nunca me interessou, mas agora quero dar um rolê pela avenida Madison", diz, sobre um possível 2º livro de viagens


DA SUCURSAL DO RIO

Danuza Leão espera fazer um segundo volume com relatos de suas viagens, narrando experiências em Nova York, Cidade do México, Los Angeles e Tóquio. Ou em cidades da América do Sul, como Buenos Aires, Santiago e Lima.
No próximo sábado, dia 29, Danuza estará na Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, em São Paulo, e no dia 30, na Livraria da Travessa, em Ipanema, no Rio. "Não será um lançamento porque seria formal demais para mim. Vou estar por lá para quem quiser aparecer", diz ela. (PLÍNIO FRAGA)

 

FOLHA - Um livro como este é mais diversão que trabalho?
DANUZA LEÃO
- Você não pode relaxar um minuto. Tem de estar olhando, anotando num bloquinho. É claro que saí com amigos nas cidades em que estive, mas as melhores descrições são de quando estava sozinha. Se estou com alguém, vou me distrair com a conversa ou vou ser profundamente antipática. Então é trabalho.

FOLHA - O excesso de consumismo atrapalha as viagens?
DANUZA
- Falei bastante mal de quem consome muito e de certas grifes que o impulsionam no livro.

FOLHA - Paris é sua cidade mais amada?
DANUZA
- Não tenho a menor dúvida de que pelo menos metade minha é francesa. Morei lá com 17 anos e fiquei por dois anos. Depois morei mais cinco anos na década de 50. Passei lá meus últimos sete Réveillons.

FOLHA - Os EUA não te interessam?
DANUZA
- A América nunca me interessou, mas agora quero dar um rolê pela avenida Madison.

FOLHA - Qual sua principal regra de viagem?
DANUZA
- Não vou a lugar da moda em lugar algum. Vou descobrindo lugares. E é tão fácil descobrir. A técnica é bater perna. Simples assim. Outra regra é sempre colocar o aviso de não perturbe na porta do quarto do hotel.

FOLHA - Qual seu maior sofrimento em viagem?
DANUZA
- Não sei fazer malas. São sempre um absurdo. Posso ter de jantar com um rei, né? Nunca fiz uma mala direito na minha vida.

FOLHA - Quando dinheiro é problema?
DANUZA
- É fácil, quando você tem muito dinheiro e não tem uma cabeça boa, ser cafona. Basta você comprar tudo. O problema de dinheiro é que é preciso ter uma cabeça muito boa para continuar a ser elegante. O dinheiro é o caminho para a perdição da elegância.


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