São Paulo, sábado, 23 de dezembro de 2006

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Diário traz história de Courtney Love por meio de rabiscos, fotos e anotações

DE LONDRES

Cantora, atriz, junkie, ex-stripper, viúva de um ícone do rock, mãe: são diversas as facetas que compõem Courtney Love, e todas elas aparecem em fotos e anotações de seu primeiro livro. "Dirty Blond - The Diaries of Courtney Love" (Picador, 292 págs.), lançado na Europa e nos EUA (e ainda sem previsão para o Brasil), é uma "coleção do que ficou para trás em minha vida até agora e do que estou disposta a dividir", segundo a própria Love.
Organizada em forma de diário manuscrito, com recortes, rabiscos, fotos e pedaços de anotações que Love foi juntando ao longo da vida, a obra serviria para desvendar o caminho da cantora rumo à salvação.
"Depois de tantos anos ruins (e eu tive alguns) queria me definir, bem ou mal, como sou, penso e me comporto. Meus valores mudaram drasticamente ao longo dos anos; hoje sou uma budista praticante, sóbria e macrobiótica."
O problema é que os diários de Love são tão inconsistentes que mesmo um livro em que ela é personagem secundária, como o de Everett True sobre o Nirvana, permite saber mais sobre ela.
De interessante, além das fotos inéditas com Kurt Cobain e a filha Frances Bean, os diários têm documentos como uma carta para Kim Gordon (Sonic Youth), pedindo para que ela produzisse o disco de estréia do Hole -o que ela acabou fazendo. Há também o que parece ser um bilhete de despedida para um suicídio que acabou não acontecendo, endereçado ao marido e à filha, em 1994: "Por favor perdoem-me. Vocês são belos demais para mim". Por fim, há letras de músicas de seu próximo álbum, "How Dirty Girls Get Clean". (MAC)


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