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Diário traz história de Courtney Love por meio de rabiscos, fotos e anotações
DE LONDRES
Cantora, atriz, junkie, ex-stripper, viúva de um ícone do
rock, mãe: são diversas as facetas que compõem Courtney
Love, e todas elas aparecem em
fotos e anotações de seu primeiro livro. "Dirty Blond - The
Diaries of Courtney Love" (Picador, 292 págs.), lançado na
Europa e nos EUA (e ainda sem
previsão para o Brasil), é uma
"coleção do que ficou para trás
em minha vida até agora e do
que estou disposta a dividir",
segundo a própria Love.
Organizada em forma de diário manuscrito, com recortes,
rabiscos, fotos e pedaços de
anotações que Love foi juntando ao longo da vida, a obra serviria para desvendar o caminho
da cantora rumo à salvação.
"Depois de tantos anos ruins
(e eu tive alguns) queria me definir, bem ou mal, como sou,
penso e me comporto. Meus valores mudaram drasticamente
ao longo dos anos; hoje sou
uma budista praticante, sóbria
e macrobiótica."
O problema é que os diários
de Love são tão inconsistentes
que mesmo um livro em que ela
é personagem secundária, como o de Everett True sobre o
Nirvana, permite saber mais
sobre ela.
De interessante, além das fotos inéditas com Kurt Cobain e
a filha Frances Bean, os diários
têm documentos como uma
carta para Kim Gordon (Sonic
Youth), pedindo para que ela
produzisse o disco de estréia do
Hole -o que ela acabou fazendo. Há também o que parece
ser um bilhete de despedida para um suicídio que acabou não
acontecendo, endereçado ao
marido e à filha, em 1994: "Por
favor perdoem-me. Vocês são
belos demais para mim". Por
fim, há letras de músicas de seu
próximo álbum, "How Dirty
Girls Get Clean".
(MAC)
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